sábado, 15 de setembro de 2012

              
              Todos os Pokémons se divertiam no cruzeiro Island Star, seja brincando, jogando cartas ou tirando sarro da cara do outro. Drake, Lilly, Sam, Chad e Sarah dormiam embora que seus Pokémons tivessem se unido no corredor, ainda que os garotos e as garotas estivessem em quartos separados.
                De repente, o Pokégear de Drake começou a tocar, e todos os Pokémons se amontoaram sabendo que uma nova missão se iniciaria. A primeira, aliás. A bola com orelhas cor-de-rosa surgiu, com uma expressão simpática, o que até fazia eles estranharem, visto que era sempre estressada.
                —Rápido, é um telefonema da Wigglytuff! —disse Spark abrindo o aparelho.
                —Boa noite, Yellow Rescue Team.  —cumprimentou ela, com uma voz rouca.
                —Boa noite, senhora Wigglytuff. —disseram todos em coral.
                —Senhora é a avó de vocês! —reclamou ela gritando. —Senhorita!
                —Boa noite, senhorita Wigglytuff. —corrigiram todos.
                —Bem, trouxe uma missão para vocês. —disse ela, de forma que a tela mudasse para imagens de Insecta Island. —Há escondida pela Insecta Island uma plantação de Medicinal Herbs. Preciso que peguem algumas amostras.
                —Para quê exatamente? —perguntou Seedush.
                —Não questione. —rebateu ela. —Os escalados para a missão são Emolga como líder, Lepidler, Fippy e por último, mas não menos importante... Espera, errei! E por último e menos importante, Chipnut.
                —Oh Yeah! —comemorou o esquilo. —Espera, o que você quer dizer com isso?
                —Eu não posso ir. —disse Lepidler. —Quem irá cuidar do Eevee?
                —Você não larga dele, deixe-o conosco, cuidaremos dele. —disse Harddy.
                —Desculpem, mas não posso o deixar. —disse a borboleta. —Preciso ficar.
                —Ele não pode ir com a gente? —perguntou Spark.
                —Com tanto que o pirralh... Digo, filhote não atrapalhe o andamento da missão não vejo problemas. —disse ela.
                —Mas é muito perigoso para ele, é só uma criança! —protestou Lepidler.
                —Ele vai ficar bem. —garantiu Fippy, repousando a pata no ombro dela.
                O grupo caminhava pela Ilha, a procura de ervas medicinais. Algo um tanto quanto extenso, mas estavam dispostos a procurar, pois seria sua primeira missão. Chipnut parecia relaxado e ao mesmo tempo contente por finalmente terem embarcado em uma situação daquele gênero. Spark não parecia muito bem o que fazer como líder, mas os demais apenas faziam a caminhada. Seria pior que encontrar uma agulha em um palheiro.
                —Onde estamos indo, tia Nova? —perguntou Eevee com toda a sua meiguice.
                —Não sou tia, sou sua irmã. —corrigiu ela, sorrindo. —E estamos indo para uma missão.
                Claro que aquilo não faria sentido para o pequeno. Nova o repreendia de certa forma para que não se afastasse de todos, e o acompanhava, segurando sua cauda enquanto planava pelos ares. Fazia de tudo para que o filhote de raposa não se machucasse. Quando ele dizia ‘ai’ por pisar em uma pedra ela quase tinha um infarto.
                —Deixa ele andar Nova, acha que ele vai desaparecer? —questionou Chipnut.
                —Tudo bem, mas não saia de perto de mim. —pediu ela.
                O pequeno Eevee deu alguns passos saltitando, um pouco mais longe de todos, com sua energia infantil. Foi só Lepidler soltar um suspiro de olhos fechados, que quando abriu notou que ele não estava mais lá.
                —TAQUEPARIU! —gritou Chipnut.
                —AHHH!! MERRICK!! —berrou Nova.
                —Chipnut, na próxima pede para ganhar na loteria. —disse Spark.
                Lepidler começou a andar de um lado para o outro, impaciente e inquieta, enquanto proferia palavras aleatórias, como se pensasse alto. Não se conformava na falta de responsabilidade (ao menos ela pensava assim) que havia tido.
                —Tudo bem, está tudo sobre controle, ele está bem, só precisamos o encontrar, onde quer que ele esteja. —dizia Lepidler.
                —Por que ela sempre tenta bancar a mãe? —sussurrou Chipnut.
                —Mania de mais velha do grupo, acha que tem que cuidar de tudo. —cochichou Spark.
                —Olhem aqui. —chamou Fippy.
                No exato local em que Merrick, o Eevee desaparecera estava um buraco grandioso, que deveria ter sido coberto com um chão falso de folhas e galhos. Apenas precisavam descer e o encontrariam lá. Esperava-se.
                —Então a gente se joga aqui? —perguntou Chipnut apontando.
                —É o único jeito. —respondeu Nova.
                —Sei lá, tenho um pouco de medo de altura. —comentou o esquilo.
                —Não seja por isso. —disse Spark.
             O Emolga empurrou Chipnut com força, e o mesmo gritou e o amaldiçoou até a próxima encarnação enquanto caía. Os demais também se atiraram no buraco, e caíram em uma espécie de labirinto subterrâneo. As paredes eram feitas de pedras, e estava tudo escuro se não fosse por pequenas brechas de luz. O grupo de resgate não sabia ainda a proporção que aqueles túneis chegariam a tomar, principalmente para seres tão pequeninos como os Pokémons.
                —Tá louco, rapá? Perdeu a noção do perigo? —provocou Chipnut.
                —Tipo, onde a gente está? —perguntou Spark apontando para os lados.
                —Alguma caverna, não sei qual. —disse Lepidler confusa.
                —Beleza, como a gente faz agora? —perguntou Chipnut coçando a cabeça com suas patinhas.
                —Vamos nos separar e nos encontramos aqui depois de explorar tudo, o que acham? —perguntou o líder, recebendo a aprovação de todos.
                —Ok, bora nós e deixa o Fippy e a Nova juntos. —disse o esquilo.
                Os grupos se dividiram, cada um indo por um túnel, visto que havia apenas dois naquela parte. Spark e Chipnut caminhavam, mas com seus tamanhos parecia que nunca chegariam ao destino. E depois de treinos e batalhas árduas durante o dia, a noite ainda teriam de se desgastar daquela forma.
                —Woah... —bocejou o Emolga. —Essa de cumprir missões de noite é meio ruim, dá um sono...
—Que nada! Sou um esquilo noturno, que rende melhor durante a noite! Me senti meio redundante depois dessa... Enfim, não me surpreenderia se eu não dormisse em semanas. —garantiu Chipnut
                Cinco minutos depois...
                —Ok, agora estamos em um beco sem saída. —observou Spark. —Precisamos ir para... Chipnut? Chipnut acorda! Que raiva, vai me deixar aqui sozinho? —perguntou ele balançando o esquilo adormecido.
                —Deixa eu dormir só mais um pouquinho...
                —Beleza, agora sou eu e o peso morto! —resmungou ele. —O que mais o destino vai mandar para mim?
                Em uma fração de segundo ele foi capaz de ouvir outro grito, e uma criatura de aproximadamente seu tamanho caiu com tamanha força, o derrubando e ficando encima dele. Era Seedush, que soltou um suspiro relaxado.
                —Ufa, estes arbustos são ótimos para amaciar a queda... —disse o inicial de grama.
                —Seedush, sai de cima de mim. —reclamou o esquilo voador.
                —Ahh, desculpe, Spark, não tinha te visto. —desculpou-se ele, sem graça.
                —O que faz aqui? Era para vocês ficarem lá e nos deixarem sozinhos. —observou.
                —Eu precisava respirar um pouco de ar puro, e acabei caindo aqui. —disse Seedush tentando não parecer bobo.
                —Será que você pode me ajudar a achar as malditas ervas?  —pediu Spark.
                —Conte comigo, serei útil por conhecer cada planta bem. —assentiu ele.
                Os dois agora caminhavam, puxando Chipnut pela pata inferior esquerda, que vez ou outra acabava batendo a cabeça em alguma pedra pelo caminho. Seedush era capaz de sentir aroma ou identificando o solo percebia onde estaria apto para haver alguma plantação, visto que sua espécie deixava sementes onde notasse solo fértil.
                —Acho que encontramos! —disse Spark apontando. —Tem uma plantação por aqui.
                —Pode deixar que encontro elas. —tranquilizou Seedush.
                No mesmo instante o nariz de Chipnut se moveu rapidamente, e ele despertou, saltando e assustando os amigos. Ele foi farejando até parar próximo de uma pequena árvore.
                —Olha só, uma Apricorn! —disse ele com os olhinhos brilhando.
                —Não creio que seja uma Apricorn. —comentou Spark.
                —Elas são superultramegablastermaster raras em Ethron, eu saberia reconhecer uma visto que são as favoritas dos esquilos. —gabou-se ele.
                Assim que Chipnut tocou o fruto na boca, notou Seedush soltando um berro:
                —Não coma, elas irão te deixar paralisado!
                Mas já era tarde demais. Um choque percorreu o corpo do esquilo e ele se manteve na mesma posição, com a boca aberta e a língua para fora. Eles o observaram por um tempo e fizeram algumas perguntas, mas o máximo que ele podia fazer era mexer os olhos, o que era alarmante para alguém hiperativo como Chipnut.
                —Oush, quanto tempo ele vai ficar assim? —perguntou Spark.
                —Pouco tempo, creio eu. —respondeu Seedush observando o fruto.
                —Pelo menos assim a gente tem um pouco de paz. —disse o esquilo recebendo uma risada calorosa do amigo.
                Meanwhile...
                Em outro túnel, Fippy e Lepidler caminhavam. Aliás, Lepidler pairava no ar, cobrindo o rosto com as patas, magoada. O gato de fogo não era do tipo que curtia ajudar os outros e muito menos ser ouvinte, mas não ousou dizer uma palavra sequer mediante as reclamações da borboleta.
                —Por que eu fui perder ele? É tudo culpa minha, eu não deveria ter vindo e muito menos ter trazido ele, nem...
Ele a encarou, sério, com um tom confortante:
                —Nós vamos trazer ele de volta. —garantiu.
                Ela esboçou um sorriso e continuou a caminhada. Em determinado tempo se depararam com uma escuridão total, de forma que Nova buscasse direção, ou alguma parede para prosseguir em sua direção.
                —Que escuridão. —disse ela. —Que coisa felpuda é essa?
                —É-é a minha mão. —respondeu Fippy.
                Ela a soltou no mesmo instante.
                —Ahh desculpe, eu não...
                —Sem problemas. —interrompeu ele. —É até melhor para nos guiarmos sem perder mais ninguém.
                —Tudo bem. —concordou ela.
                Os dois seguiram de mãos juntas, para que pudessem se guiar pelas cavernas obscuras de Insecta Island. Eram capazes de ouvir choros abafados, e embora não pudessem ver tinham certeza de que se entreolharam. Seguiram os sons e conseguiram chegar a uma caverna pouco mais iluminada. Lá estava o pequeno Eevee, envolto por sua cauda.
                —Merrick? —perguntou Lepidler se aproximando.
                —Tia Lepidler! —gritou o pequeno com um sorriso imenso.
                O Eevee correu em direção à borboleta e os dois se abraçaram fortemente. Até Fippy revelou um pequeno sorriso ao ver aquela cena confortante. Ela parecia muito segura por ter conseguido recuperar o pequeno aventureiro, que não tinha sequer um arranhão.
                —Eu já disse que não sou sua tia, sou sua irmã! —corrigiu ela. —Que bom te ver novamente.
                —Você é ‘uma herói’. —disse ele contente.
                —O certo é ‘heroína’, meu querido. —sorriu Nova. —E agradeça ao tio Fippy, ele quem me ajudou a te achar.
                —Obrigado, tio Fippy. —agradeceu ele.
                Fippy corou, e não soube o que responder de imediato. Era sempre o quieto e misterioso do grupo, mas era impossível manter-se sério durante as piadas de Chipnut ou as brincadeiras de Merrick. Um completava o outro, e era isso que fazia o time de resgate ser tão especial.
                Seguiram o mesmo caminho, todos com suas mãos dadas. O trajeto continuava confuso, embora em certo ponto a luz permitisse que Merrick fosse caminhando sozinho. Não muito longe, claro, todos já haviam tido sustos o suficiente para uma noite. Conseguiram chegar no ponto de partida, reencontrando os amigos.
                —O encontramos. —disse Nova.
                —E nós encontramos as ervas. —mostrou Spark.
                —Seedush? Por que ele está aqui e o Chipnut está...
                —Nem pergunte. —cortou o esquilo voador. —Mas por que vocês estão de mãos dadas?
                Quando notaram os dois ficaram completamente vermelhos, cada um tirando sua pata da companhia do outro.
                —Era por causa do escuro. —suspirou Fippy.
                Com um pouco de dificuldade finalmente conseguiram retornar para cima, e agora voltavam para o cruzeiro Island Star. Era difícil para Pokémons fazerem trajetos longos como aqueles, mas eles não eram Pokémons quaisquer. Eram o Yellow Rescue Team.
                Agora retornavam na companhia de todos os outros, que com a aprovação de Spark ligaram novamente o Pokégear de Drake. A imagem de uma chamada apareceu, e do outro lado de repente surgiu Wigglytuff.
                —Senhora... Quer dizer, senhorita Wigglytuff, conseguimos as Medicinal Herbs. —disse Spark. —Como mandamos?
                —Ahh me desculpem, mas vocês demoraram tanto que eu já encomendei e recebi de um Togetic importador de Herbs. —disse ela com uma voz consolativa.
                —Fizemos isso para nada? —questionou Chipnut. —E para que elas?
                —É que estou meio ruinzinha da garganta, então queria fazer um chazinho para melhorar. —disse ela bebendo o líquido em uma caneca, que parecia quase derramar em suas patas de ponta arredonda. —Obrigadinha.
                A tela ficou preta.
                —Fizemos isso tudo e passamos por tudo aquilo para fazer um chá para ela?
           Todos gritaram de desgosto, até que seus treinadores levantaram da cama em um susto. Continuaram fitando o quarto, mas parecia que ninguém estava lá. Com sorte os Pokémons haviam se escondido no último instante. E agora deveriam dormir, depois de uma cansativa missão como aquela.

1 comentários:

CanasOminous disse...

Diga aí, Haos! Então meu bom companheiro, foi muito divertido acompanhar essa primeira missão de seus Pokémons. Aos poucos estou pegando o jeitinho certo de cada um, e você está conseguindo demonstrar tudo isso muito bem. Foi um mesclado de tudo né, você colocou a comédia típica, um pouco de romance e ainda sem perder o foco do roteiro do episódio. Eu gostei muito, até mesmo essas pequenas insinuação de casais que se formam são muito legais para mim, acho que isso nos faz reparar mais em um personagem, e agora fico imaginando como é que você também imagina os seus Pokémons na forma de Gijinka. Aposto que a Nova ficaria linda, afinal, ela é a mais velha do grupinho né, e fez um par bem legal com o Fippy (: kk Bem, eu gostei do enredo, acabou que o final eu já imaginava porque você comentou comigo antes né, mas se eu não soubesse admito que eu ficaria um bocado surpreso! kkkk Estarei no aguardo de novas missões assim cara, garanto que todas as outras serão ainda melhores e você cada vez conseguirá montar melhor a personalidade de cada um de seus Pokémons, criando aventuras inusitados e tornando este especial cada vez mais visado. Vou indo nessa Haos, abração (:

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