
Lilly
subia apressadamente as escadas da torre principal do aeroporto. Aparentemente,
em um dos últimos andares ficava o campo de batalha, e de tanto esperar estava
enlouquecendo. Queria ganhar logo a insígnia, pois ninguém mais aguentava ficar
naquela cidade.
Seus
amigos a seguiam. Pareciam satisfeitos com a animação da companheira. A última
batalha de ginásio de Lilly havia sido semanas atrás, e apesar da vitória, a
mesma não possuía tantas habilidades. Pouco tempo depois passou a se empenhar,
com a ajuda de Sam, e almejava conquistar a batalha sem dificuldades.
Chegaram
a uma área extensa, que mais parecia uma garagem em tamanho ampliado. A menina
não parecia tão contente, e correu por todos os lados, à procura de um líder
disposto a enfrentá-la, mas não viu ninguém. Os amigos a acompanharam,
imaginando que ainda não havia chego.
Em
sincronia, ouviram um barulho alto de turbinas. Um pequeno avião, modelo
antigo, do tipo que carrega pouquíssimas pessoas, parou naquele andar, estando
a poucos centímetros do teto. Uma mulher saltou de lá, animada, não percebendo
que assustou a todos com a parada repentina.
—Isso
é o que eu chamo de aterrissagem! —disse, espreguiçando-se.
A
mulher era alta, de cabelos castanhos que caiam em suas costas. Usava uma roupa
de piloto, vermelha, que realçava seu belo corpo e óculos de voo na cabeça. Ela
precisou abaixar a cabeça para localizar os jovens, e só então pôde se dar
conta da gafe que havia cometido, embora não parecesse muito abalada.
—Onde
diabos é o Ginásio? —indagou Lilly.
—Exatamente
aqui, mocinha, assim como eu sou a líder. —ela respondeu, com simplicidade. —Mas
saiba que não pretendo batalhar agora.
A
treinadora fechou a cara.
—O
que? Estamos há dias esperando-a ter boa vontade. —respondeu.
—Eu
sou Amelia, a líder. —se apresentou. —Já não lhe diz respeito para saber o quão
ocupada eu sou?
—Você
é a pilota a ter feito o maior trajeto aéreo de todos os tempos, e quebrou tal
recorde alguns anos atrás. —observou Layla.
—Exatamente,
moça. —respondeu Amelia. —Também sou a principal pilota do aeroporto, e estou
esgotada para qualquer batalha.
—E
se nos levar para um passeio, e quando voltarmos batalharmos? —sugeriu a
garota.
—Essa
garota entende o que eu estou falando!
Os
cinco subiram no pequeno avião de Amelia. Apesar de estar cansada, ela parecia
não se importar em pilotar novamente, como se fosse a única coisa que lhe
trazia felicidade na vida monótona de líder. Blake, Helio e Debbie também
estavam sempre procurando formas de sair da rotina.
A
máquina cortava os céus com seus movimentos, e era possível sentir o vento indo
a favor dos mesmos. As nuvens já não eram tão distantes. Eram capazes de ver
Pokémons voando pela imensidão azul, e outros aviões indo e vindo para a
cidade. O silêncio apenas era quebrado pelo som das hélices, de forma que Drake
tentasse amenizar o clima:
—Você
é casada? —perguntou.
Amelia
riu.
—Imagina.
Esses homens são muito tolos, só querem saber de nudez, e depois te descartam
igual papel higiênico.
—Exatamente!
—disse Rachel, compreendida.
As
duas mulheres começaram a conversar a respeito dos homens de forma negativa, o
que fez Drake e Sam ficarem um pouco constrangidos, por mais que nenhuma delas
parecesse se importar. Layla permanecia congelada, apreciando a vista, enquanto
que Lilly só queria mesmo voltar e lutar.
—É
como ver uma cópia do demônio. —sussurrou o coordenador.
Sam
virou-se para a líder:
—Imagino
que a senhorita domine os tipos Flying,
não?
—Perfeitamente.
—assentiu. —Porém, como estou sempre ocupada, acabo deixando o ginásio em
segundo plano.
—Parece
que você não é a única, acredite. —comentaram, se lembrando dos líderes
anteriores.
—Isso
é porque os últimos treinadores antigos do continente que restaram são os
últimos três membros da elite. —disse ela. —A geração nova prevalece, e nem
todos nós estamos prontos para lutar por prazer. Depois de algum tempo tudo
fica cansativo, pois diferente dos membros da elite, não ganhamos o suficiente
para passear em cruzeiros.
Em Ethron os ginásios estavam quase extintos,
restando apenas os oito mais conhecidos, ou talvez um ou outro, de quebra. As
batalhas perdiam seu valor, pois não havia mais motivos para batalhar, não
havia razões pela qual tentar vencer. Por essa razão, os líderes costumavam
procurar outros afazeres, para sair da mesmice.
—Desculpem-me
pelo meu desconforto, mas os treinadores não costumam entender que também somos
gente, não podemos passar o dia lutando.
Lilly
ouvia aquilo seriamente. Quando eu virar
a campeã, farei as batalhas serem mais que um tédio. Elas serão um prazer para
todos. Ela queria conquistar o cargo para mudar tudo, mudar a mente das
pessoas e provar que poderia ser uma lenda. Mas muitas coisas ainda estavam em
seu caminho.
—Posso
ver com meu pai isso, acho que ele estaria disposto a me ouvir. —consolou
Drake.
A
líder olhou pelo retrovisor, fitando Drake com mais detalhes.
—Não
tinha reparado que você era o filho de Nolland. —ela sorriu.
—Como
não? Não acompanha o noticiário? —indagou ele, confuso por não o reconhecerem.
—E
as redes sociais, jornais e revistas. —disse Sam folheando um exemplar do
jornal semanal que jazia em sua mochila. —Nós estamos ficando cada vez mais famosos.
—Eu
apareci? Ai que vergonha. —disse Layla.
—Não,
na última foto que tiraram você foi cortada. —ele observou, com simplicidade,
apontando uma das fotos.
Drake
atraia, e muito, a atenção da mídia, o que fazia com que seus amigos também
acabassem por ganhar fama. Sendo considerado a “ovelha negra da família” todos
gostavam de o observar para ver longe dos Contests, onde ele já parecia ter
problemas de lidar.
Sempre
seguia o caminho oposto que lhe era dado. Não queria ser uma cópia de Andrew,
ser o filho que os pais sonham. Queria ser ele mesmo, queria alcançar a fama
dos torneios sem precisar entrar na onda de riquinhos como Chad. Gostaria de
provar que tinha competência, sem mudar.
—Tiraram
foto de mim batalhando contra o Andrew. —apontou Lilly.
Drake
quase virou seu pescoço cento e oitenta graus ao ouvir aquilo.
—Como
assim?
—Assim
o quê?
—Andrew?
Meu irmão? Ele veio pra Ethron? —questionava ele, chacoalhando a amiga.
Lilly
e Sam se fitaram, preocupados. Haviam quebrado a promessa, mas afinal, ele
estava em todos os jornais. Cedo ou tarde descobririam sobre seu retorno, o
retorno da lenda. Alguns estimavam que estava lá para competir na liga no fim
do ano, mas eram apenas boatos. Talvez ter a chance de destronar seu pai, o
único que nunca, em hipótese alguma, venceu.
—Amelia,
essa seria uma boa hora para você fazer aquele loop. —disse para a pilota, que
levou a sério e fez um círculo no ar.
—Diga
que ganhou essa batalha, mocinha! Quero ver as mulheres comandando tudo!
—bradou, animada.
—Não,
eu fui derrotada. —respondeu, seca. —E sim, ele está. Ele pediu para que não
contássemos.
—Layla,
você é essa aqui na foto? —disse Sam, tentando quebrar o gelo.
—Eu
saí na foto? —perguntou a moça, não tão acanhada. Talvez até esperançosa.
—Ah,
não, colocaram uma caixa de texto na frente do seu rosto. —ele observou.
Drake
ignorou.
—O
que ele faz aqui? —questionou o coordenador.
—Eu
não sei. Foi ele quem depositou Pokémons em nosso Box. —respondeu.
—Preciso
falar com ele. —comentou o rapaz puxando seu Pokégear.
—Não! Lembre-se, você não sabe
que ele está aqui! —impediu a garota.
—Moços, eu queria esvaziar a
mente, mas vocês a encheram ainda mais! —resmungou Amelia. —Vamos voltar ao
ginásio, Lilly, quero que você lute comigo.
—Mesmo?
—Isso! Precisamos de uma mulher
pra mudar esse continente, e essa moça é você! —respondeu. —Quero colocá-la em
prova.
—Isso aí! Vamos nessa!
A mulher fez meia volta e todos
retornaram ao ginásio. Fazia semanas que Lilly tivera sua última batalha de
ginásio, e treinara muito desde tal época. Era hora de colocar tudo o que Sam a
ensinou em prática, e mostrar para Amelia que realmente estava pronta para
caminhar ao futuro e realizar seu sonho.
A mulher parou o avião
exatamente no mesmo local da torre em que havia saído. Todos ficaram felizes em
botar o pé no chão novamente, embora Amelia parecesse preferir mais o céu que a
terra. Ela olhou nos olhos de sua adversária, lançando um sorriso desafiador,
estalando os dedos.
—Bem, meu campo de batalha é
aqui, mas vou levá-la para meu lugar favorito. —concluiu. —Sigam-me.
Ela revelou escadas que
dificilmente seriam percebidas se ela não mostrasse. O grupo subiu, curioso,
até chegar, enfim, ao local que Amelia planejara.
Era um campo de batalha
aparentemente normal, contudo, era o ponto mais alto da cidade. As paredes eram
de vidro, de forma que fosse possível ver absolutamente tudo até onde os olhos
alcançassem. Amelia pressionou um botão, fazendo com que quase tudo ficasse
aberto, permitindo que o vento entrasse e simbolizasse seu ginásio. Era seu
campo de batalha secreto, só usado em ocasiões especiais.
—Uau. Dá pra ver o continente
inteiro daqui. —comentou Drake.
—Três contra três, sem limite de
tempo, se vencer leva a insígnia. —disse Amelia puxando uma Pokéball com os
dedos, lançando o mesmo sorriso.
—Essa mulher gosta de ditar regras.
—brincou Lilly.
Ambas se posicionaram cada uma
de um lado do campo. Os amigos sentaram-se em algumas cadeiras dispostas de
forma improvisada. O vento bateu nos cabelos da líder que apenas aguardava que
sua desafiante lançasse seu primeiro guerreiro.
—Volcub,
você vai ser o primeiro. —disse Lilly lançando uma de suas mais recentes
capturas.
O filhote de lobo saiu da
esfera, se preparando para defender sua mestra.
—Elétricos. —ponderou a pilota.
—Esperava mais surpresas de ti, Lilly.
A líder atirou uma Pokéball
também, que ao abrir lançou um vento sombrio, e salgo em alta velocidade se
moveu. Uma sombra parou pouco à frente de sua invocadora, e abriu asas escuras,
que revelaram olhos chamativos e brilhantes, como lanternas. Era um Pokémon
chamado Owlarn.

—Ominous Wind. —pediu a moça.
—Use o Leer, depois o Spark.
—rebateu Lilly.
A coruja bateu as asas fúnebres,
lançando um vento obscuro que atingiu o elétrico. O Pokémon encarou a criatura
voadora com um olhar eletrizante, e em seguida atingiu-o com o corpo faiscado.
Golpes daquele tipo eram muito efetivos contra Pokémons Flying.
—Engraçado, achei que você
pudesse fazer melhor. —provocou Amelia.
—Moça, eu não preciso dar tudo
de mim pra mostrar que sou boa. —disse Lilly com uma serenidade assustadora. —Mas
já que você está pedindo, Thunderbolt!
Volcub aproveitou-se da
proximidade com as nuvens para disparar um raio no adversário, que o derrotou
instantaneamente. Lilly parecia muito mais tranquila que em outras ocasiões, e
tal tranquilidade fazia com que seus Pokémons pudessem agir melhor. Ela
evoluía.
—Nada mal, nada mal. —respondeu
a líder. —Mas agora as coisas vão esquentar, lhe garanto! Tucaneech, sua vez.
Agora era uma criatura
totalmente oposta a outra. Uma ave de penas coloridas, e que produzia sons
cantados enquanto batia as asas alegres. Era como se transmitisse animação por
onde passasse, e era considerado um Pokémon que, segundo mitos, espalhava
alegria por onde batesse suas asas no ar.

Abriu o enorme bico e soltou
piados cantarolados, que praticamente fazia a todos bocejarem. Com Volcub não
fora diferente, pois o filhote caíra adormecido no meio do campo. Lilly
praguejou silenciosamente, mas não perdeu a calma. Sam a observava.
—Agora, Fury Attack!
Aproveitando uma ventania
repentina, Tucaneech partiu para cima do adversário, golpeando-o com suas patas
e bico, causando ferimentos consideráveis. Volcub caiu, derrotado, sendo
retornado para dentro de sua Pokéball.
Lilly puxou outra esfera, olhando sutilmente para Sam.
O rapaz estava de braços
cruzados, e balançou a cabeça levemente, para mostrar que confiava em sua
aprendiz. Enquanto os amigos pareciam preocupados, ele sabia que Lilly estava
mantendo a situação sob controle, e depositava confiança nos resultados do
combate. Amelia provocou novamente.
—E agora que seu elétrico foi
vencido? Irá chamar um tipo Ice?
—Não será necessário. —ela
respondeu, atirando a bola. —Kickaroo, sua vez.
Esta era uma nova figura para os
companheiros. Um pequeno canguru saiu, encarando as coisas à sua volta com
curiosidade. Ele saltava incansavelmente no lugar, agitando as orelhas para
cima e para baixo, enquanto que sua cauda não parecia cansar de se mover. Os
amigos o encararam com extrema indiscrição.

—Que maneiro! Depois quero ver o
qual ele deixou pra mim. —sorriu Drake.
—Um tipo Fighting? O que você
tem em mente, mocinha? —indagou Amelia, animada.
—O elemento surpresa é a minha
maior cartada. —sorriu ela. —Aura Sphere!
O canguru concentrou-se por
alguns instantes, criando uma esfera azul que parecia aprisionar uma grande
energia do próprio Pokémon. Em seguida usou sua cauda para saltar, e chutá-la
na direção do tucano. Como resposta, ele voltou a lançar sua canção de ninar,
notando o adversário se esquivar.
—Jump Kick, pra encerrar! —pediu Lilly.
O novo Pokémon pegou impulso com
a cauda, até chegar à altura em que Tucaneech sobrevoava. Em seguida, deu dois
chutes que o derrotaram com facilidade. Apesar da desvantagem de tipos, ele
parecia ter um nível elevado, e suas habilidades eram bem executadas. Aura Sphere era obtido apenas através de
Egg Breeding, para aquela espécie,
mostrando que Andrew escolhera alguns dos melhores Pokémons.
—Vencida por um tipo lutador. —disse
a líder, descontente. —Tudo bem, passaste pelos primeiros obstáculos, mas esta neblina
só ficará mais densa! Grifferial, tua vez.
Da última Pokéball de Amelia
saiu uma criatura grande, o que não era comum para os tipo Flying. Possuía um
corpo esguio de leão, com patas fortes e com garras afiadas. Um par de asas
enorme estava em suas costas, e uma cabeça de águia em sua parte dianteira. Era
como um grifo, um dos Pokémons mais fantásticos pertencentes aos voadores.
—Consegue passar pelo meu
majestoso último Pokémon? —perguntou a líder.

—Vamos descobrir.
O grifo lançou uma densa neblina
que cobriu todo o campo, dificultando a visão dos adversários. Kickaroo lançou
outro Aura Sphere, mas não fora capaz
de atingir o alvo. Prosseguiu com o ataque, cansando-se cada vez mais devido
golpe que necessitava de bastante energia. Lilly tentou aconselhar o Pokémon:
—Não tente encontrá-lo vendo, só
deduza onde ele está.
Grifferial usou Fury Attack, usando suas garras
compridas para causar grandes danos. Aparentemente o Pokémon de Lilly já estava
pronto para ser derrotado, mas conseguiu se levantar e usar seus ouvidos para
perceber a presença deste.
Ouviu o ar em movimento com o
voo do grifo, que cortava os ares com agilidade, mas fazendo um som alto.
Kickaroo saltou com a cauda, e conseguiu atingir um chute aéreo na criatura, enquanto
que a neblina se dissipava.
Ambos continuaram batalhando
incansavelmente, mas era claro que ambos se cansavam. Kickaroo parecia ser
muito mais disposto, e por isso aguentava firme, embora o adversário também
fosse consideravelmente forte. Lilly gritou um último comando, almejando a
vitória:
–Aura Sphere.
A mesma esfera azulada foi
atirada, e desta vez não houve erro. Grifferial caiu no ar, atingindo o chão. O
novo Pokémon de Lilly também desmaiou de cansaço, mas Lilly ainda tinha uma
Pokéball em mãos que poderia usar, indicando uma clara vitória para ela. Todos
os companheiros a aplaudiram, e Sam gesticulou um “eu sabia” com os lábios.
–Céus… Não é que eu perdi mesmo?
Meus parabéns, Lilly, admito que não aguardava tanto de ti, mas me surpreendeu!
—dizia Amelia. —Merece completamente a insígnia!
O rapaz de cabelos azuis ajeitou
os óculos, um pouco tímido. Em seguida esboçou um sorriso, cumprimentando a
amiga:
—Você melhorou muito, muito
mesmo.
—Posso dizer que agora você até
parece boa pra lutar comigo. —brincou Drake.
Amelia se aproximou com o
símbolo de sua derrota, um passo novo para Lilly. Agora ela tinha metade das
insígnias, e precisava apenas de mais quatro para enfim poder chegar na
liga, e estar mais perto de ter seus
sonhos se concretizando. Ela saltava, alegre, perdendo a pose de seriedade e
mostrando quem sempre foi. Com um porém: agora era muito melhor.

—Pessoal, amanhã iremos nos
distanciar... O que acham de uma parada para tomar sorvete? —sugeriu a mesma.
—De novo? Eu to até com dor de
garganta de tanto que tomei esse troço! —resmungou o coordenador.
Agradeceram Amelia pela batalha,
mas a moça foi quem realmente disse
obrigada. Ela confiava no futuro de Lilly, e estaria disposta a torcer por
esta. A líder disse que precisava fazer
algo, e se despediu dos jovens, agradecendo novamente.
Já era noite, e o grupo rumava
para a sorveteria, aproveitando os últimos momentos na cidade. Na manhã
seguinte partiriam para Stylshon City,
onde se separariam. É claro que o trio permaneceria unido, mas seria hora de
deixarem suas companheiras ruivas. Cada um pegou seu cone de sorvete e
aproveitaram a noite, que ainda assim era marcada pela barulheira do aeroporto.
Sam puxou Layla enquanto os
amigos estavam distraídos, de forma que os dois pudessem ter um pouco de
privacidade. Precisavam discutir um assunto importante, e que mais ninguém
poderia ouvir, por mais que soubesse do que falavam.
—Como ficarão nossos “negócios”?
—perguntou o jovem cautelosamente.
—Nos comunicaremos quando
ocorrer algo importante. —disse. —Mas creio que teremos sossego por uns tempos.
Referiam-se ao Team Dark, e as
surpresas que poderiam ocorrer. Ambos eram auxiliares de Looker, e deveriam
continuar investigando a respeito dos problemas com a facção criminosa. Previam
que não haveria erros, visto que os Darks pareciam calmos alguns dias atrás.
Contudo, sempre há formas de se surpreender com ladrões.
—Rachel, o que pretende? —questionou
Drake.
—Tenho que encontrar os outros
descendentes. —disse. —Mas tenho um bom tempo para isso, não é?
—Até o fim do ano. —relembrou
Lilly. —Lá nos encontraremos, não?
Rachel assentiu.
—Nessa época também acontecerá a
Liga Pokémon, não é?
Sam e Layla já se uniam de volta
com o grupo, aproveitando a quase tranquila noite. Sam ponderou o assunto,
encarando o céu escurecido, enquanto comentava a respeito daquilo:
—Tenho um calafrio quando
falamos do futuro. Parece tão longe, e ao mesmo tempo tão perto. É como se eu
quisesse que ele chegue logo, mas não quisesse. —ele concluiu.
—Eu te entendo. Mas é melhor nos
contermos com o presente. Ainda falta colocar muita coisa em ordem! —brincou
Lilly.
Naquele momento ouviram um som
de turbinas, e quando olharam para o céu, notaram um pequeno avião cortando o
céu, lançando uma fumaça por trás e escrevendo no caminho. No final das
manobras, puderam ler escrito: “Você consegue, Lilly”. Era Amelia.
—Isso mesmo, pessoal,
continuemos seguindo nossas ambições! O céu é o limite! —bradou Drake,
recebendo um grito positivo de seus amigos.

3 comentários:
Diga ae, Haos! Poxa, Amelia Earhart, acabei assemelhando a personagem à ela na hora que vi a imagem. Curti muito, porque na época eu também a curtia quando assisti uma Noite no Museu kk Sei lá, acho que é a atriz que a interpreta... Gostei dessa homenagem, e achei uma forma show de bola de juntar Pokémon com as coisas que você gosta, essa sempre é a chave para as nossas fanfictions, principalmente uma região fake como a sua. Ideias é o que não faltam! O cenário da batalha era show de bola, e o desenrolar dela também foi muito bacana. Gostei de ver essa melhora na Lilly, ela está começando a se tornar uma treinadora digna. O oponente era forte, mas mesmo usando vantagens e desvantagens ela conseguiu impressionar.
A única falha que encontrei foi o Aura Sphere errando seu oponente. Lembre-se que a característica desse golpe é sempre acertar seu usuário, independente do speed e da esquiva dele! Entre os três novos fakes, o que eu mais gostei foi o primeiro, o Owlarn. Flying/Ghost, hm? Esse sim conseguiria impressionar! Mas o Grifferial também ficou muito show e bem bolado, ele tem um envolvimento com todo o aspecto mitológico da pokédex que você vêm criando para Ethron, afinal, esta é a sua identidade. E por sinal, uma coisa que adoro em episódios é quando eles trazem um começo, meio e fim. O fato da Amelia ser aviadora combinou perfeitamente com a mensagem de fumaça deixada pelo avião da líder, esse foi um final de arrasar para qualquer ocasião!
Rapaz, e não escondo a felicidade em saber que os jovens voltarão a caminhar sozinhos! Gosto de equipes grandes, mas acho que de vez em quando é bom voltar às origens e ver como os personagens se comportavam quando não fica aquele movimento grande, isso nos dá melhores formas de explorar descrições e sentimentos... E que venha esse novo Arco cara, uma nova época para você e Ethron! Siga em frente meu caro, quero ver todas essas páginas do Menu atualizado e o blog novinho em folha para os novos visitantes. Se cuida ae, Haos. Um grande abraço!
Canas, você praticamente ressuscitou uma parte de mim quando comentou por aqui kkkk Juro, eu estava em um desânimo total para com Ethron, porque tinha que preparar muita coisa para os próximos episódios. Seus comentários caíram muito bem auehauahaeu
Enfim, nem tinha pensado na Aura Sphere, cara. Ainda preciso mesmo continuar estudando as mecânicas g_g' kk Sim, sim, Ghost/Flying. Os tipos acabam ficando bem explícitos na minha mente, então acabo esquecendo de dizer para o pessoal. Aquele esqueminha de Pokédex ficava bonito, mas dava um trabalho dos caramba pra fazer T-T
Pois é, man, agora voltando com os três protagonistas, apenas /õ/ Eu já não estava mais aguentando ter que "empurrar" diálogos para alguns personagens (as duas ruivas, que já não tinham mais o que fazer kkkkk). Agora o bom e velho trio. Valeu mesmo pela sua participação, cara, pode contar que estarei voltando na ativa e atualizando tudo. Abraços, man (:
Bom.. Não posso deixar de comentar nesse capítulo que eu estava esperando tanto. *u*
Admito que eu estava com uma BAITA duma preguiça pra vir comentar em Ethron, eu tô perdidona aqui. e.e
Nyah, eu gostava da pokédex T-T O pokémon que eu mais gostei de todos foi aquela coisinha fufinha do Kikcaroo *w* Não sei porque.. ELe me lembra ligeiramente um Emolga.... o.O
E repetindo o que o Canas disse ali em cima, um Aura Sphere sempre acertará seu oponente, mesmo se ele for o pokémon mais rápido da galáxia. ^-^
E essa badge então? Tudo de bom *w*
Tenho que aprender a manjar dos photoshop que nem você Haos T-T
Agora, a próxima parada é a cidade da moda *0* Eu não gosto muito de moda, mas quero ver o Drake com uma roupinha bem caprichada, ouviu Haos? U_U
"O céu é o limite" isso aew Drake! Para o infinito, e além! o/
Bom, encerrando meu comentário por aqui sensei-Haos, ah, falando nisso, tô precisando de um HELP na minha fanfic, tem como você me trocar um e-mail no g-mail quando ver esse comentário? Agradecendo desde já, até o próximo capítulo! \o/
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