segunda-feira, 6 de agosto de 2012

 
              Lilly jazia sentada, em uma linda paisagem. Estava em um cais, em Insecta Island. O vento batia nos cabelos da garota, que estavam soltos. Os pés debaixo da água do mar, e de seu lado jazia o grandioso Island Star. Seu rosto jovem mantinha uma feição triste, e desconfiada. Encarava o horizonte azul, que ia até onde os olhos alcançavam. Olhava para seu reflexo, na água, como se fosse o único que quisesse dialogar com a menina.
    —Será que eu consigo ganhar?  —suspirou ela.
                —Claro que consegue, sua imbecil! —gritou uma voz.
                Quando ela se deu conta, seu reflexo tomou forma, saindo da água, um clone perfeito. Ela tocou sua própria testa para ver se não estava delirando, mas estava normal. Por uns instantes examinou a cópia, até enfim se pronunciar:
                —C-como você fala comigo?
                —Não vem ao caso, vamos, você vai ganhar hoje com facilidade! —incentivou o clone.
                A jovem ainda estava confusa, em choque com a figura. Ela não sabia o que acontecia e muito menos como acontecia. Mas no mesmo instante, surgiu outra cópia, choramingando em direção das duas.
                —Mas e se você não ganhar? Vai ser uma fracassada pelo resto da vida... —dizia ela aos prantos.
                —Esqueça as batalhas, convide os garotos para sair hoje! —dizia uma terceira cópia, com olhar sensual.
                —Não convide ninguém, vá sozinha! Tire um dia seu, só seu e de mais ninguém! —dizia outra.
                Naquele instante milhares de Lillys vinham na mesma direção. Uma avalanche delas. Era Lilly que não acabava mais. Agora era ela quem tentava escapar, mas várias a seguiam. A menina deu um salto na cama, e notou Sarah na cama ao lado, e as persianas do quarto do cruzeiro fechadas. Ela ainda tentava se recordar da maluquice que passara.
                —Que sonho mais... Estranho. —suspirou ela.
                Lilly se levantou, indo para o banheiro. O belo cômodo —pequeno, mas belo —mantinha a coloração esbranquiçada, dando um ar de limpeza. Ela abriu a torneira, levando o rosto com a água fria, que a despertara. Em seguida se encarara no espelho, olhando todos os mínimos detalhes de seu rosto, se observando por um longo tempo.
                —Será que é porque estou insegura? —suspirou ela.
                —Você vai ganhar! —disse uma voz.
                A menina deu um salto.
                —WAH! Que susto.
Ela notou que era seu reflexo quem parecia se mover. Porém, mantinha uma cara de brava, como uma mãe prestes a dar uma bronca em seu filho. Era exatamente como em seu sonho, porém não havia se convertido para uma forma humana, era apenas um reflexo.
 —É agora que vão aparecer a Lilly dramática, a romântica, a egoísta... ? —brincou a garota.
                —Do que está falando? —perguntou o espelho.
                —Quem é você?
                —Que pergunta, eu sou você. —respondeu o reflexo. —Ou melhor, sua consciência.
—Estou ficando louca. —concluiu Lilly.
—Não, não está. Está apenas insegura, deixando de acreditar em si mesma. Você não tem problemas, só estou aqui para deixar bem claro que você consegue. —disse a imagem, firme. —Qual seu lema de vida?
—Eu quero, eu posso, eu consigo... —sussurrou Lilly para si mesma.
...
Algumas poucas nuvens cobriam o céu. O dia estava tranquilo, porém. Perfeito para uma batalha de Ginásio. Os cinco jovens saíam do cruzeiro e voltavam a caminhar pela ilha. Insecta Island era repleta de árvores, um local que sem dúvidas mantinha a urbanização o mínimo possível. O grupo se aproximou de uma construção, semelhante a um laboratório.
—Parece um laboratório. —observou Sarah. —Tem certeza que é aqui?
—Bem, temos meia dúzia de construções na cidade, fora que o mapa indica aqui. —ironizou Drake.
—Não gosto desta ilha, é muito... Natural. —resmungou Chad passando por uma poça de água.
Todos riram, e continuaram o caminho até aquele estranho estabelecimento. Drake tocou a campainha, e uma linda moça surgiu. Tinha cabelos verdes, que lhe desciam a cintura. Usava um par de óculos, que a davam um toque intelectual, porém usava uma roupa que lhe destacava os seios exuberantes, e uma saia em tons amarelados.
—Olá, sejam bem vindos ao laboratório de pesquisa de Insecta Island. Vamos começar seu tour. —disse ela puxando todos para dentro com uma voz das telefonistas de telemarketing.
Todos se entreolharam, prontos para perguntar o que acontecia, ou então se era o ginásio, porém não parecia nada com um. Era repleto de mesas e prateleiras, cheias de amostras e figuras de insetos em quadros pendurados. Uma estante de livros que pareciam manter o mesmo tema e vários objetos de pesquisa —uma lupa, uma pinça e várias outras coisas importantes. —o que realmente fazia jus à aparência de fora de um laboratório. Ela começou a falar antes que qualquer um pudesse falar qualquer coisa.
—Sou a Debbie, e não costumo receber muitas visitas por aqui, então espero que gostem e... Ei, você não é o filho de Nolland Eavans? Adoro seu pai, ele é uma inspiração! —dizia ela agarrando Drake e o afagando em seus seios, de forma que o mesmo se debatesse para respirar. —Continuando...
Debbie continuava a falar, de forma que ninguém entendesse o mínimo sobre o que estava acontecendo naquele momento. Eles notaram a presença de um garoto de cabelos avermelhados, próximo, com uma cara de tédio. O garoto chamou Drake, Lilly e Sam para debaixo de uma mesa, de forma que pudessem notar de quem se tratava.
—Derek?
—Princesa, há quanto tempo! —dizia o garoto de braços abertos.
—Pouco mais de uma semana, na verdade —corrigiu Sam.
Caham —pigarreou. — A questão é que estava com muita saudade.
—Você saiu depois da gente, e nós pegamos o último barco que tinha, como você chegou aqui? —questionou Drake.
—Na verdade... Vocês pegaram o último barco público, mas eu roubei um barco a remo e vim aqui remando até chegar nessa ilha. —explicou Derek. —Longe pra cacete, eu quase perdi o braço no meio da remada.
—Isso é humanamente impossível. —protestou Sam.
—O amor muda as pessoas. —disse ele trocando um olhar de garanhão com Lilly.
Não havia como discutir. Derek era cheio de surpresas humanamente impossíveis. Ainda que não se soubesse se era verdade ou não, havia um pequeno bote estacionado na ilha, e as roupas do garoto estavam um trapo.
—E qualé a dessa tiazinha aí? —perguntou Drake.
—Nem adianta, estou aqui a manhã toda e essa maluca até agora não falou nada sobre o Ginásio. O líder deve estar ausente, e ela está enrolando a gente. —explicou ele.
Os quatro saíram debaixo da mesa, e fingiram estar lá o tempo todo, porém ela não parecia ter dado falta. Havia outros pesquisadores pouco experientes fazendo algumas análises por perto. A mulher continuava contente com a explicação, embora todos os amigos esboçassem expressões entediadas.
Ela parecia muito contente, fazendo todos se sentirem um pouco culpados em quererem interromper. Só então notaram que era a mesma mulher que lhes advertira que não se podia capturar Pokémons na ilha. É claro que quando foram perguntar se era ela os interrompeu como se nunca tivessem falado nada.
—Bem queridos, estas espécies são da classe dos Lepidópteros, família Papilionoidea. —disse ela apontando. —São as conhecidas borboletas.
—Será que podemos...
—Mas não para por aí, temos também outras famílias dentro delas! —interrompeu ela ao ser interrompida, continuando a falar.
—Mano, isso tá pior que a escola. —resmungou Drake.
—Acho este assunto muito interessante, ela é uma boa especialista no assunto. —comentou Sam recebendo um olhar reprovador.
—Eu poderia estar batalhando, vamos tentar sair de fininho. —disse Lilly.
—Esperem, não podem sair assim, sem mais nem menos. Continuem, temos várias coisas sobre...
—Escuta aqui, dona, eu NÃO estou a fim de saber sobre insetos, nós viemos aqui para ter uma batalha de Ginásio, e se a senhora pudesse fechar essa matraca saberia! —gritou Lilly fazendo todos se assustarem com a atitude, inclusive a mulher.
—Ahh me desculpe, sempre fico com vontade de explicar minhas pesquisas quando alguém fala de insetos. —disse ela sem graça.
—A gente falou de insetos? —sussurrou Drake para Chad.
—Nós chegamos e ela destramelou a falar, mas são detalhes. —respondeu ele baixo.
—E então, onde está o líder? —perguntou a garota.
—Está olhando para ela. —disse Debbie com um sorriso.
Agora estavam todos mais confusos ainda. Deram uma risada simpática, mas ela parecia estar falando sério. Toda aquela embolação no final das contas porque ela realmente gostava de falar sobre insetos. Enfim, problema resolvido de qualquer forma.
—Qual o problema? Sou uma pesquisadora de insetos, e especialista no assunto. Sou a melhor indicada para ocupar este cargo. —explicou ela. —Agora venha, teremos sua batalha.
—Espera, eu cheguei aqui primeiro! —protestou Derek.
—Mas eu tomei a iniciativa, então eu serei a primeira. —disse ela ríspida. —Tipo, tem algum campo de batalha?
—Ahh sim, venha comigo.
—Ai Chady-chan vamos comer alguma coisa e depois voltamos, estou morta de fome. —disse Sarah abraçando a barriga.
A dupla deixou o lugar, enquanto que Debbie indicava um caminho oposto, porém que também levava a uma porta de vidro. A claridade afora fez com que todos tapassem os olhos. Várias árvores grandes e espaçosas ocupavam a paisagem, com, curiosamente, vários colchões no chão.
—Acabamos de sair do laboratório, senhorita. —observou Sam.
—Sim, eu sei. Meu campo de batalha é a mãe natureza. —disse a mulher retirando os sapatos e deixando os pés pálidos em contato com o gramado.
—Então vamos lutar aqui no meio dos colchões? —questionou Lilly.
—Ahh não! Subam nesta plataforma. —pediu ela apontando um retângulo de metal no chão. Os cinco subiram, e após pressionar um botão todos foram elevados até o telhado.
Era possível avistar por um lado a majestosa Insecta Island em todos os ângulos, e contemplar as belezas do oceano que ia até onde os olhos alcançavam. Havia uma pequena elevação, como um banquinho em meio às telhas, e na outra direção vário galhos de árvore grossos de dispunham alternadamente.
—Podem se sentar por aí. —pediu Debbie apontando a elevação no telhado. —Bem querida, minhas batalhas são diferentes.
—Nós batalhamos aonde?
—Nos galhos. —disse ela com uma expressão de óbvia. —Esta área é repleta apenas destas árvores de troncos e galhos grossos, então não há dificuldades em se movimentar por aqui.
—Isso é loucura! Você é maluca! —protestou Lilly.
—Lilly, você consegue. —encorajou Sam. —Faça como nós planejamos e se mantenha firme, está bem? Estarei aqui no apoio.
Okay, técnico. —brincou ela.
Debbie dera um longo salto, caindo certinho em um dos galhos, e em seguida se movimentando por eles como um macaco. Era surpreendente como uma mulher de feição delicada pudesse ser tão aventureira e faladora. Já Lilly tivera dificuldades em segurar um dos galhos, indo primeiro com as mãos, de forma que seu traseiro ficasse apontado para o rosto de Derek. Após notar a gafe praguejara bem alto contra o menino, que observava atento para o mesmo lugar, fazendo Drake e Sam rirem.
—Está pronta? —perguntou a mulher apoiada com uma das mãos no tronco largo.
—Nunca estive mais que agora. —disse ela agarrada com todos os membros ao galho, deitada, usando uma das mãos com cuidado para pegar uma Pokéball. —Vai agora, Harddy!
A ave surgira um pouco incomodada pelos galhos em várias direções, de forma que não pudesse se locomover com muita facilidade pelo ar. Debbie lançara uma figura diferente, um quadrúpede verde, que em partes se assemelhava a um inseto, e em partes com um mamífero. Tinha presas saindo atrás do maxilar e asas pequenas, que certamente não ajudariam a voar longas distâncias. 
              
—É um Beetleon, Eeveelution tipo Bug. —explicou Sam.
—Uau! —dizia Drake maravilhado. —Eu pensei que o inseto seria como um verme fraco, e não que pareceria tão forte e ameaçador! Acho que vou evoluir para Beetleon. —concluiu ele pegando a Pokéball do pequeno.
—Você pode evoluir seu Eevee caso ele se alimente do pólen de uma flor em especial, você a encontra nesta ilha. É característica, grande, vai saber quando a encontrar. —aconselhou ela agora se voltando para Lilly. —Use o X-Scissor no galho.
O inseto se movera agilmente, cortando com um simples golpe o galho no qual Lilly estava presa. Harddy soltara um grito, porém por instinto a treinadora havia pegado outro pouco abaixo quando caiu, embora não havia a impedido de receber alguns arranhões.
—V-você é louca? Eu quase caí de uma árvore de dez metros! —reclamou ela.
—Não sou louca, só adoro arriscar! —respondeu a líder com uma voz alegre. —Aqui é permitida qualquer coisa contanto que não se faça ataque direto ao treinador. E é por isso que colocamos colchões no chão. Mas não se preocupe, até hoje ninguém se machucou gravemente por aqui!
—Não sei como isso ajuda, mas de qualquer forma... Lilly, tente não se preocupar com isso, ligue apenas para seu Pokémon. Não tente derrubar ela. —aconselhou Sam na ponta da plataforma.
—Ataque com Gust! —pediu Lilly após ouvir a sugestão.
A ave batera as asas com rapidez, lançando uma rajada de vento contra Beetleon, de forma que Debbie se segurasse no tronco para não cair com a ventania. Porém o inseto conseguira se esquivar sem dificuldades. Certamente tinha uma boa Evasiveness.
—Ele é rápido. —afirmou Sam.
—Beetleon, Silver Wind! —pediu a Líder.
O Pokémon criou uma ventania também, que de certo ângulo parecia revelar um brilho prateado. Drake ficara maravilhado com o golpe, era um ataque que queria que Lepidler aprendesse a todo custo, embora ainda faltassem alguns níveis para que a mesma conseguisse. A rajada quase derrubara Lilly do galho, e certamente era uma das intenções da líder.
Debbie certamente enfrentava diversos Pokémons com tipos que levam vantagem sobre os insetos. Suas batalhas diferenciadas eram capazes de mexer com o psicológico dos adversários, visto que o Pokémon também teria preocupação com seu dono caso caísse. Era uma forma de testar realmente os treinadores e seus Pokémons em vários quesitos.
—Use o Aerial Ace! —pediu Lilly.
Harddy avançara em direção de Beetleon com alta velocidade, de forma que o mesmo sequer tivesse tempo de se esquivar. A ave desferira um golpe com suas asas, acertando o inseto com elas e ainda acertando o golpe no tronco da árvore, e assim Debbie perdera o equilíbrio.
—Belo golpe, tenho que admitir. —sorriu ela confiante. —Signal Beam!
Aerial Ace de novo!
Beetleon agora lançava um feixe de luz poderoso e colorido, que fizera Harddy de certa forma perder o controle pela iluminação na cara. Até mesmo Lilly que não fora acertada quase havia sido cegada pelo raio. Porém, Harddy havia conseguido acertar o ataque com perfeição, mesmo que antes com dificuldades, nocauteando Beetleon.
—Meu primeiro Pokémon fora derrotado. —concluiu Debbie. —Vamos ver até quanto você alcança. Venoison, vá.
Agora a líder lançava outra Pokéball. Dela saíra uma criatura que logo se fixou em um tronco. Era um inseto grande e que de longe já demonstrava ser venenoso, por sua coloração diferente. Mantinha uma expressão sinistra, com garras nojentas e um ferrão pontudo. 
       
—Ele é do tipo Poison, tome cuidado. —aconselhou Sam.
—Tá, vamos começar com Aerial Ace. —pediu Lilly.
Toxic Spikes, para garantir um futuro venenoso naquele campo.  —brincou a mulher.
A ave mais uma vez repetia o movimento, golpeando o inseto. Porém, Venoison rapidamente lançara uma rajada de espinhos em lugares estratégicos campo, caindo em algumas árvores e até mesmo no chão, o que furara alguns colchões.
—Use o Steel Wing. —pediu ela.
—Tente escapar e use Toxic!
Um brilho metálico tomou as asas de Harddy, de forma que a mesma se preparasse para atacar o insto com um golpe do tipo Steel, o que seria bem efetivo. Com sorte, o inseto conseguira escapar, usando seu ferrão para acertar a ave, que pousara em uma árvore, ofegante, devido ao veneno.
—Droga, fique firme, Harddy! —gritou Lilly vendo o inseto se preparar novamente atacar.
—Lilly, pegue! —gritou Sam lançando algo.
—Valeu, Sam! —agradeceu ela. —Vem aqui, Harddy!
Era um Full Restore, item que não só recuperava todos os Hit Points do Pokémon como também curava de qualquer problema de Status. Harddy estava enfrentando habilmente os Pokémons da líder, e não teria muitas dificuldades a partir daquele momento, pela consciência de Lilly.
A garota por um momento se distraiu, observando uma vidraça no andar de baixo do laboratório, uma porta de vidro. Seu reflexo se movia novamente, embora ela nem sequer estivesse próxima daquele lugar, muito menos ao alcance do espelho. O reflexo fez alguns gestos demonstrando infelicidade, e para que confiasse em si mesma. Ainda estava muito insegura por ser uma batalha extremamente diferente do que já havia enfrentado, mas teria que superar aquilo para vencer. 
X-Scissor, lá!
Quando se deu conta, Venoison se aproximava agilmente, e usando o golpe marca do ginásio no galho de Lilly. A garota estava muito distraída, e fora pega de surpresa, desabando. As únicas coisas que viam era a líder acima, junto de seu inseto enquanto que caía em câmera lenta. Olhara para o lado, vendo seu reflexo virar a cabeça negativamente, descontente com o que a menina havia feito.
Porém, uma sombra rapidamente passara, puxando-a para cima. Harddy havia a salvado nos últimos instantes antes que a garota desabasse no chão. Os garotos aplaudiram, pela valentia da ave e de Lilly, e agora almejavam que ela fosse capaz de vencer naquele instante. Ela mudou de expressão, para uma mais confiante, o que fez a líder sorrir por despertar um lado poderoso na adversária.
—Obrigada, Harddy! —agradeceu ela. —Agora vamos detonar usando o Steel Wing!
Harddy avançara novamente, com o brilho metálico nas asas e partindo em direção do inseto venenoso. Usada um excelente golpe, nocauteando rapidamente Venoison. A líder parecia surpresa, e ao mesmo tempo contente pelo nível que a batalha estava tomando.
—Santo besouro! Muito bem, Lilly, estou feliz com seu desempenho. —parabenizou Debbie.
—Ainda estou só me aquecendo. —disse a jovem.
—Que bom, pensei que fosse a única. —brincou a mulher. —Agora, Mallotine!
A líder lançou sua última Pokéball. De lá, saíra uma criatura ameaçadora. Em si não era muito assustadora, mas mantinha uma expressão fria e cruel, enquanto que possuía lâminas cortantes e dois braços mais longos com garras nas pontas. Era conhecido como Mallotine, e seria um adversário duro de bater.
—Certo, vamos usar o Steel Wing. —comandou Lilly
—Acabe com o Guillotine! —pediu Debbie.
Com um golpe o louva-a-deus avançou, prensando Harddy contra uma árvore pela garganta, usando uma de suas garras poderosas. A ave não conseguira resistir, era um golpe de One-hit K.O, ou seja, se conseguisse acertar era capaz de nocautear o adversário. Lilly retornara a ave, pasma.
—Certo, Fippy, conto com você! —disse lançando o gato de fogo.
Fippy saíra da Pokéball, saltando em um dos galhos. No mesmo instante ele parecia ter tocado um dos espinhos lançados por Venoison, ficando envenenado. Por não ser capaz de voar como Harddy poderia ter sérios problemas com o louva-a-deus, que além de ágil era muito hábil em se movimentar pelas florestas. Estava em seu habitat, e em vantagem pelo campo embora o tipo fogo tivesse vantagem.
        
—Repita o movimento. —pediu a líder.
—Esquive! —gritou Lilly desesperada.
Mallotine mais uma vez usava sua agilidade, porém Fippy fora capaz de saltar, de forma que o louva-a-deus errasse o alvo por alguns milésimos de segundo. O gato de fogo continuava saltando, fazendo o possível para não ficar muito tempo no mesmo lugar para que pudesse despistar o adversário, porém ainda estava fraco por causa do veneno, assim sendo mais facilmente alcançado.
—Droga, ela ainda vai nos acertar, precisamos ser mais rápidos. Flamethrower! —disse Lilly confiante.
O gato lançara um poderoso lança-chamas contra Mallotine, o que seria muito efetivo por ele ser dos tipos Bug e Steel. Sob o comando da treinadora, ele continuava acertando as árvores, incendiando o lugar com uma chama poderosa, que realçava Lilly e Fippy.
—O quê, você é louca? Está usando golpes de fogo em uma floresta! —gritou Debbie.
—Não sou louca, só gosto de me arriscar! —respondeu ela com uma piscada do olho esquerdo. —Agora acabe com o Flame Weel.
Fippy juntou as chamas que circundavam as árvores locais, formando uma roda de fogo extremamente poderosa pelas chamas ao redor. O golpe fora muito eficaz, fazendo Mallotine ficar inconsciente no mesmo instante. Debbie retornou seu Pokémon e saltou em um dos colchões cheios, e Lilly fez o mesmo. Alguns assistentes da líder usaram mangueiras para apagar o fogo antes que tomasse proporções maiores.
A menina havia realmente revolucionado a história daquele ginásio, embora ainda tivesse levado a lição de que até os tipo Bug que menosprezava antes podiam ser surpreendentes. Debbie começou a falar, com uma voz rouca:
—Isso foi... Foi... Foi muito legal, você se saiu muito bem! Adoro um pouco de aventura! —gritava ela em êxtase.
—Que isso novinha?
—Devo lhe recompensar, com a Web Badge. —disse a líder entregando a pequena insígnia para a oponente. —Meus parabéns, você fez por merecer.
Por fim a menina se observou na porta de vidro. Seu reflexo estava lá, como o de seus amigos. Porém, ele apenas seguia os movimentos dela, não tomando vida como ela imaginava. Se era falta de confiança, o problema estava terminado, agora sabia acreditar em si mesma como antes, e com a ajuda de seus colegas só deveria melhorar.
—Só mais cinco agora, Lilly, e estará pronta para a liga! —comentou Drake.
—Espero não ter muita dificuldade com as próximas cinco. —sorriu ela
—Vamos conseguir as próximas, pode deixar. —concluiu Sam tocando o ombro da amiga.
Agora Lilly havia conquistado sua terceira insígnia. Mas mais que isso, além de um passo mais próxima da Liga Pokémon também havia aprendido que a confiança era a chave para suas conquistas. Agora apenas mais um dia e os jovens deixariam Insecta Island, porém as surpresas ainda estavam longe de acabar. 

4 comentários:

Rodrigo Reshiram disse...

Caoírulo interessante!
Ele possui uma bela batalha de Lily onde ela só usa dois Pokémons. Achei ela bem forte nesse capítulo, mas quando vi que ela já tem o Harddy, me dei por falta da evolução do Fippy, ele ainda está no primeiro estágio e até agora os capítulos estão mais focados em competições (ginásio e contests), em outras batalhas e novos rivais do que em capturas e evoluções. Os pokémons novos aparecem já capturados e os antigos não evoluem, acho que deveria melhorar nesse ponto.
Também senti falta da Sarah, teve duas ou três falas nesse capítulo e sem a animação de antes que poderia ser mostrada no ginásio na sua ansiedade para a batalha já que ela também é treinadora.
Já a líder achei-a bem legal, os pokémons foram feitos de boas ideias, mas sendo sincero achei que o desenho deixou a desejar. Também percebi que dos três líderes até agora só o Blake seu um TM a Lily, queria uma explicação.
Fora os pontos citados o enredo e os diálogos foram bem feitos, sem contar a insígnia que eu achei incrível.
Parabéns então e espero que o outro capítulo seja tão incrível quanto os outros e que os pontos citados possam ser melhorados já que não estou para reclamar quereer que você pare de escrever e sim dar a minha opinião para melhorar seu trabalho.

Haos Cyndaquil disse...

Hey Rodrigo õ/
Imagina cara, eu não vejo como reclamação, e sim como uma crítica construtiva, e tenho que lhe agradecer por isso. Bem, vamos por partes ^^
A ideia original é que o Fippy evoluísse nesse capítulo, mas tenho alguns destaques para ele em seu primeiro estágio. Concordo que esse ponto ficou um pouco ruim, estive focando mais no enredo que nas evoluções, é que acho que isso vai ser mais explorado na segunda temporada, e agora no finalzinho quero evitar jogar muita informação. Sobre a Sarah foi algo meio que para não estragar muito o clima. A líder já tinha um jeito animado, enquanto que também tivemos umas duas ou três cenas do Derek, então deixei para dar mais foco para ela em capítulos futuros, até porque a ideia era mostrar a desconfiança e avanços da Lilly, e muita comédia poderia deixar tudo meio desajeitado.

Sim, o desenho dos Pokémons está tenso. Principalmente do último. Na verdade são apenas ilustrações para vocês terem uma ideia de como eles são, mais para frente vou fazer um remake definitivo de todos os Pokémons de Ethron quando eu já tiver uma técnica melhor. Assim fica menos caprichado, mas facilita meu trabalho quando preciso fazer vários. As vezes eu ficava mais tempo nos Pokémons que escrevendo o capítulo, sabe? Sobre esse ponto do TM achei interessante, pensei que ninguém havia notado. Na verdade eu tinha colocado na primeira batalha para seguir uma mecânica do game, visto que quando você derrota um líder ele lhe entrega um TM, e como o Fippy é do tipo Fire seria de grande ajuda. Mas TMs não são tão baratinhos, e um cara que passa a vida aguardando iniciantes virem o derrotar e depois ainda lhes entregar um TM seria muito forçado, fora que se a Lilly chegar a ter algum inseto ele não teria tanta ênfase assim. Caso seja importante eu posso colocar em um ponto futuro como "este TM a Debbie me deu quando a derrotei", como se tivesse acontecido depois do término do capítulo, sabe? Mas não dava para concertar a da batalha do Blake, então deixei daquele jeito.

Mas obrigado pelas opiniões, Rodrigo, irei melhorar nestes pontos de agora em diante, agradeço mesmo porque só assim saberemos quando a fanfic tem algo bom e algo ruim que deve ser melhorado. Espero que quando notar algum ponto que precise melhorar possa me avisar, para ir corrigindo com o tempo. Abraços, cara õ/

CanasOminous disse...

Diga, Haos! Bom companheiro, primeiramente eu gostaria de dizer que gostei muito do fato do capítulo ter começo, meio e fim. Quando comecei lendo eu pensei: Essa cena do espelho foi completamente dispensável. E li o restante do capítulo com esse pensamento, mas interligar uma cena inicial mostrando um desfecho no mesmo capítulo foi uma forma de equilibrar tudo e focar um assunto a mais além de só ter a batalha. Se vejo um ginásio repetitivo eu quase que automaticamente perco interesse nele. Procuro coisas novas e diversificadas, a forma de batalha feita contra a Debbie foi muito bacana, e esse incêndio no final certamente deu um brilho a mais.

Agora, falando algumas questões sobre a batalha em si. Aqui você cometeu alguns errinhos. Cara, é a segunda vez que o vejo utilizando itens em batalhas. A primeira deve ter sido o Helio, agora foi a Lilly. Posso estar sendo chato, mas me diga sua posição cara, não fica feio mostrar um treinador usando item no meio de uma batalha? Ok, sei que os jogos são assim, mas minha impressão nos games é a seguinte: Quando um líder utiliza esses negócios, é porque ele não sabe perder. Se a Lilly é tão egocêntrica a ponto de não querer ajuda, aposto que ela própria se sentiria terrível em pensar: Eu ganhei por causa de um item. (Ok, sei que ela tinha outros Pokémons ainda, mas isso não vem ao caso, você entendeu o que eu quis dizer com a frase.) Presumo que você queria ter feito a Lilly ter uma vitória mais épica só utilizando dois Pokémons, porém, acho que seria melhor se você tivesse talvez dado mais ênfase ao Harddy com descrições, mostrando que ele aguentou firme todos os ataques, e não recuperando a vida dele. Mas tenho outro ponto a citar. Infelizmente Full Heal recupera qualquer Status que seja, e não o HP. É o Full Restore que recupera toda a vida e ainda cura os Status. Na batalha foram estes os errinhos que notei, mas não se engane cara, foram Pokémons bem legais os apresentados e você trabalhou o capítulo muito bem, só falhou mesmo na questão da mecânica do jogo, o que é bem difícil para algumas pessoas.

Cara, a insígnia. Esta foi claramente a melhor de todas que você fez, se eu encontrasse ela perdida por aí na net eu diria facilmente que é a insígnia de alguma nova região kk Gostei dessa foram como você trabalhou com ela tão bem e ainda dentro dos padrões e esquemas do jogo. Sem contar que o sombreado ficou show. Eu cheguei a pensar nisso que o Rodrigo comentou dos outros Pokémons também, eles ficaram meio básicos, mas como desenhista eu também sei claramente a dificuldade em fazer essas malditas sombras! Fica bonito, sim, mas acho que não fez falta. Entendi seu ponto em dar prioridade ao capítulo, e fez certo. Eu não fazia ideia que este Beetleon fosse o Eevee do tipo Bug, quando passei o olho não reconheci, mas vendo com mais atenção depois achei ele bem legalzinho. Curti o inseto venoso, achei a aparência dele bem legal. Os insetos foram fascinantes, e certamente aguardo mais deles na Insecta Island. Agora, vamos à linha final companheiro. Sem ginásios, sem apresentações e sem vilões. Quero ver o que você nos prepará para este primeiro desfecho! Ótimo capítulo Haos, abraços!

Haos Cyndaquil disse...

Opa eae Canas õ/
Ehh cara, a ideia do espelho foi mais para diferenciar, para tentar mostrar um lado diferente da menina. Só que essas parados do item me derrubou kkkkk Primeiro foi erro meu mesmo esse do Full Heal e Ful Restore, irei dar uma ajeitadinha nisso, passou bem despercebido. Você sabe que sempre dou uma empacada nas batalhas de verdade kkkk É, sobre essa dos itens irei manter no esquecimento, não sei por que sempre isso volta. Acho que é trauma do jogo shuahs

Ahh aproveito para já deixar uma resposta sobre o comment do Capítulo 24. Kkkkk cara eu sou tão previsível assim? O Abomasnow era mais velho que o Spark no ramo das ideias, era na verdade para o Drake trazer ele, mas acho que ficaria um pouco... Mais fortinho que os rivais. E eu já tive a ideia de tentar fazer uma montagem dos Pokémons com os respectivos acessórios, mas não consegui encontrar por aí umas imagens maiores, e na verdade essa imagem com a Pink Scarf já é de um game do Pokémon Mystery Dungeon.

Bom, obrigado pelas dicas cara, para a próxima batalha de ginásio espero fazer algo bem melhor, ainda sou meio pato nas batalhas pra valer, mas até lá já quero me preparar melhor. Abraços, Canas õ/

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