Capítulo 5

                 O sol aparecia fracamente para Aurora City. No dia anterior nossos três protagonistas haviam conseguido chegar na cidade, embora que de madrugada. A cidade é a maior de todo o continente. Quando estavam se aproximaram do lugar, tamanha foi a surpresa ao ver prédios que cortavam os mais altos céus e milhões de pessoas andando com pressa. Para cada um havia um significado por chegar no lugar. Para Drake queria dizer que seu primeiro Contest estaria para chegar. E teria muita credibilidade, já que seria na maior cidade da região. Os Contests são muito famosos em Aurora, tanto que eles tem uma grande loja conhecida como a “Coordinators Shop”. E a Aurora Ribbon está entre as mais almejadas fitas de todas, pois contam que suas cores brilham em sete cores do arco-íris. Para Lilly, seria apenas uma cidade, afinal, não teria nenhum ginásio para que a garota pudesse obter uma insígnia. Porém poderia servir para algum treino. Para Sam era algo fantástico. Para alguém que morava em um lugar pequeno e tranqüilo como Newlife Town, a cidade era fantástica.

Muitas pessoas andavam com pressa, em velocidade. Os barulhos misturavam-se, formando uma música de sons urbanos. Os carros passavam a todos os momentos, para todas as direções da bússola. Era impossível notar tudo ao seu redor, pois haviam lojas e vendedores tentando atrair clientes, casas que iam desde pequenas até grandes arranha-céus e mansões. Aromas curiosos eram exalados de muitas lanchonetes e restaurantes, que não eram o que faltava na Cidade.

             Nossos jovens protagonistas decidiram dormir no Pokémon Center naquela noite. Drake e Sam haviam despertado ainda que cedo. Mesmo que o sono tentasse os derrubar, eles acordaram logo para fazer a inscrição para o Contest de Drake. Ao colocarem suas roupas, foram acordar Lilly, pois a garota não havia saído do quarto. Bateram suavemente na porta do quarto da garota.

            -ACOOOOOOORDA TIAZINHA! JÁ SÃO OITO HORAS! TAMO LEVANTANDO ACAMPAMENTO JÁ! SAI DA PORRA DESTE QUARTO! –Gritou Drake enquanto batia na porta com toda sua força

            Lilly naquele momento, surpreendentemente abriu a porta, revelando um rosto cansando, cujos olhos lutavam para se manterem abertos. Sua expressão indicava que não estava nem um pouco contente de ter sido acordada.

             -O que Hinferis (Diabos) vocês estão fazendo aqui? –Perguntou a garota firmemente, mas com a voz rouca.

            -Já são oito horas! –Respondeu o jovem sem se preocupar com a amiga, já que ele havia dormido na mesma hora que ela.

            -Ótimo! Me acorda quando forem onze! –Encerrou ela fechando a porta do quarto.

             Drake tentou impedi-la, mas teve uma idéia melhor. O garoto pegou uma garrafa de água gelada, que jazia dentro de sua mochila. Ele bateu na porta do quarto da garota novamente, e quando a mesma abriu, ele a molhou.

            -V-você acaba de cometer o pior erro de sua vida! –Disse ela vermelha de raiva.

             Antes que Drake pudesse dizer qualquer coisa para defender-se, a garota mais do que acordada começou a persegui-lo pelo andar do Centro. Sam limitou-se apenas a rir dos dois amigos. Quando deu-se conta do que deveria fazer, o jovem desceu as belas escadas do lugar indo para o Térreo. Ao ver um telefone vago o garoto decidiu ligar para seu avô. Os telefones dos Pokémon Centers são especiais, pois além de poder ouvir a voz da pessoa, você pode vê-la através de uma Webcam.

            -Sam? –Disse o professor Silver pelo telefone, surpreso.

            -Oi vô! –Cumprimentou o jovem com um sorriso.

            -Tudo bem com você? –Questionou ele tentando dar umas pista do que realmente queria saber.

             -Q-quase. Q-quer d-dizer... Tudo! –Mentiu ele.

             -Sam... Pare de mentir... O que houve? –Adiantou o homem.

            -N-nós encontramos com uma tal de Equipe Dark, e eles nos ameaçaram...

            -Time Dark!? Você está bem? O que eles disseram? –Interrompeu o Professor preocupado.

            -Bem... Eu... Nós estamos bem. Mas... Eles estão nos perseguindo. Eu estou com medo, vô! O que você sabe sobre eles? –Questionou desta vez Sam.

            -N-nada. –Mentiu.

            -Seria meu “dom” de mentir hereditário? –Riu o jovem.

            -Bom, de qualquer forma já são oito e quinze! Daqui à uma hora você deverá encontrar o Sr. L, na Avenida Âmbar. Não se esqueça! E como assim “nós”?

            -Bem, eu encontrei duas pessoas na rota 302 e decidimos viajar juntos. Eles foram ameaçados como eu... Na verdade, eu não estaria aqui sem eles... –Suspirou ele.

            -Quem? –Perguntou o homem preocupado, pensando que estas “pessoas” poderiam ser bandidos da Equipe Dark.

            -Uma se chama Lilly e o outro chama-se Drake e é filho dos Eavans.

            -Oh! Drake e Lilly? Eu encontrei eles aqui anteontem. Começaram a jornada deles naquele mesmo dia. –Respondeu o homem contente

            -Sério? Que leg... –O jovem interrompeu-se ao ver seus amigos descendo a escada. -Eles estão descendo, vô. Melhor eu desligar, porque não contei nada pra eles sobre a P.A.S.T.A ...

            -Meu Chrominus! Se você mentiu para eles do jeito que você mente aposto que você não terá chance de acreditarem! –Riu ele.

            -Tá, ta. Me ofenda depois... Tchau, vô. Mande abraços para meus pais! –Despediu-se Sam desligando o aparelho ligeiramente.

 Naquele momento, uma linda mulher de cabelos rosados e roupa de enfermeira chamou Drake com um sinal. Ela era conhecida como Enfermeira Joy, e toda sua grande família trabalha nos Pokémon Centers de todo o mundo. O jovem olha confuso mas aproxima-se da mulher.

            -Qual seu nome, jovem? –Perguntou ela com uma voz angelical

            -D-Drake...? –Respondeu ele confuso, afinal, por que ela o chamaria sem ao menos saber seu nome?

            -Eavans? Ótimo! –Completou ela.

            A mulher abaixou-se no balcão em que jazia e quando levantou-se, estava segurando uma bela embalagem azul, presa por uma chamativa fita vermelha.

            -Parece que seu irmão te mandou um presente, e chegou hoje de manhã. –Sorriu ela entregando o presente para o garoto.

            -M-meu irmão? M-mas ele ta em Kanto... Será que mandou de lá? –O jovem pegou um cartão suroreso e o leu.

         Caro Drake,

Ainda me culpo de não poder ir para Ethron de te dar um abraço e desejar Feliz Aniversário pessoalmente! Mas quero que saiba que mesmo longe eu me lembro de você, seu malinha! Assim como você, esse presente pode seguir mil caminhos e ainda sim obterá sucesso. Boa sorte com sua jornada, tenho certeza que será um grande Top-Coordenador!

                                                           Abraços,

                                                                   Andrew

            -E-ele me mandou isso! DE KANTO! –Disse Drake segurando-se para não derrubar nenhuma lágrima sequer.

            -ABRE, ABRE, ABRE! Quero ver o que é que tem! Só não entendi a parte dos “mil caminhos” mas beleza. –Falou Lilly

             O jovem puxou a ponta da fita suavemente, desfazendo o laço e fazendo com que a caixa azul mostrasse uma abertura. Ao puxá-la, pôde notar-se um vidro cilíndrico e fechado, com uma espécie de acolchoado. Sobreposto ao acolchoado jazia um objeto oval amarelo com manchas verdes. Era um ovo Pokémon.

            -Um ovo! –Falou o jovem surpreso.

           

            -OBAAA! BORA FRITAR!!!  

            -Sai fora, é um ovo Pokémon sua louca. –Disse o jovem tirando o ovo de perto de Lilly

            -Que belo presente Drake! Aposto que se você cuidar bem dele crescerá um Pokémon forte e saudável. –Ao dizer isso, Sam olhou o relógio, e notou que já faltavam dez minutos para as nove horas, o que fez o garoto entrar em desespero.

            -Bom, vou me inscrever para meu Contest agora. Vamos lá pessoal? Valeu Enfermeira Joy! –Agradeceu Drake

             -Não tem de quê. E cuide bem deste ovo! –Pediu a moça

            -Hêhê... Pode deixar comigo! –Assentiu ele.

             O trio prosseguiu até uma grande construção, situada ao norte da cidade. Haviam muitos anúncios de Contests e a figura de uma grande fita era o logotipo da edificação. Haviam letras escritas em uma fonte delicada, que diziam: Contest Hall. Drake adentrou o local rapidamente. Era tomado pela cor púrpura, e uma música ambiente tornava o ambiente confortável. Mulheres bem vestidas ficavam atrás de balcões, à espera de alguém.

             -Licença! Quero me inscrever! –Pediu Drake para uma das moças.

             -Claro. Nome, por favor. –Pediu ela abrindo um documento em um computador.

             -Drake Eavans, catorze anos, signo Alakazam, filho caçula, Cyan Town como cidade natal,  solteiro... Isso já dá?

            -Puxa, que nome comprido! –Riu a moça. –Pelo visto você ainda não é registrado legalmente nos Contests. Vou criar um passe de Coordenador oficial para você, para que você possa competir e em seguida faremos sua inscrição, tudo bem?

            A mulher digitou muitas letras rapidamente, colocando todos os dados que o jovem deu. O passe foi feito com sucesso, e em seguida  a mulher começou a fazer a inscrição.

             -Ora ora, um garoto que conhece de moda, ein! –Disse ela quando estava montando a inscrição.

             -MODA???? Por quê? Quais são os Preliminary Rounds? –Perguntou o garoto.

            -O que são Preliminary Rounds? –Questionou Lilly interrompendo a conversa.

             -Para chegar na fase de batalhas onde se decide o vencedor, fazem Rounds Preliminares para eliminar outros concorrentes. Existem três competições: Appeals, Visual e Dancing. Cada Contest usa dois destes Rounds.

             -Neste Contest usaremos os Rounds Appeals e Visual. Você quer se inscrever em que categorias? –Perguntou a mulher.

            -Normal Rank, Categoria Cute. –Respondeu Drake pensando em Spark.

             -Owwwwn que fófis! O Drakezinho vai no round Cute, vai? –Caçoou Lilly recebendo um olhar reprovador de Drake.

              -Boa sorte! –Disse a moça entregando um papel para ele parecido com uma carteirinha.

-Obrigado. E quando eu volto para participar do Contest? -Perguntou

-Hehe. Esta hora daqui à sete dias! –Respondeu ela.

 -SETE DIAS? O CONTEST É SÓ DAQUI A UMA SEMANA?

-S-sim. Até lá, então. –Disse ela.

            Os três saem, com Drake arrasado pois havia chegado cedo demais para o Contest, e Lilly mais frustrada ainda, pois não queria ficar uma semana na cidade.

            -Affe. O contest é só daqui a uma semana! –Reclamou o jovem.

             -Vamos para Flamery City, ué. Um dia para ir, um para eu ganhar e um dia pra voltar. –Falou a garota.

            -Bom... Já que não temos nada planejado mesmo... –Respondeu Drake sem ânimo algum.

             -Vamos ficar hoje de lambuja então. Bora ver o que tem de bom pra fazer! –Disse a garota.

            Sam estava atônito, ao olhar o relógio vira que eram exatamente nove horas e desesperou-se.

             -P-pessoal, eu preciso sair. Já volto! –Disse ele correndo.

             -Ahn... Então tá... –Disse Drake. –Lilly, eu vou passar naquela loja que minha mãe falou comprar alguma roupa e acessórios para meus Pokémons. Quer vir?

             -To fora. Ouvi dizer que tem um lugar chamado Battle Club por aqui. Vou dar uma checada.

             -Ok, nos vemos mais tarde então. –Disse ele saindo.

            Drake aproximou-se do lugar que sua mãe havia mencionado. Era um prédio alto e bem pintado, com todo o cuidado e acabamento na parede, além de sua vitrine ser perfeitamente decorada. Chamava-se “Coordinators Shop”, uma loja famosa em todo o continente por vender alguns dos melhores artigos para Coordenadores. Ele entrou tranquilamente.

             O lugar era calmo, porém o ambiente era mais decorado para o lado feminino do que para o masculino, pois grande parte da decoração era baseada em tons de rosa. O local era bem semelhante ao Contest Hall.

             -Posso ajudar? –Perguntou uma mulher vindo na direção dele logo que entrou.

             -Bem, eu preciso de algumas coisas para Contest... Minha mãe me deu este cartão. O que eu faço com isso? –Respondeu ele.

             -Deixa eu ver. –Disse ela olhando o cartão. –OH MEU CHROMINUS! VOCÊ É FILHO DE ALICE EAVANS? MENINAAAAAAAAS! ELE É FILHO DE ALICE EAVANS!!!!!

            Antes que o garoto pudesse entender o que estava acontecendo, uma avalanche de mulheres começou a vir na direção de Drake. Basicamente, todas as mulheres que jaziam antes no andar. Todas queriam conhecer o filho de uma Ex-Top-Coordenadora.

             -Ai meu Chrominus! Vou sair daqui quebrado! –Disse ele levantando seu ovo para que não fosse machucado.

             Enquanto isso, Lilly aproximou-se de um local conhecido como Battle Club. Era uma construção maior na largura que na altura. Quando entrou, um homem alto de bigodes a recepcionou.

            -Olá minha jovem. O que vieste fazer aqui? –Perguntou ele com sua voz grossa.

             -Tipo... Batalhar?

            -Hohoho! Viestes ao lugar certo, aqui os mais fortes são testados! Vá para o computador e procure algum adversário de sua preferência!

             Lilly vai até um computador próximo, que continha dados de muitas pessoas, que haviam se cadastrado e esperavam por alguém para batalhar. Lilly passou muitas fotos de treinadores, mas a que mais lhe interessou foi de uma menina.

            -Quero batalhar contra ela! –Disse Lilly apontando.

             -Com certeza. –Respondeu o homem. Ele apertou um botão no computador,que fez com que todos os televisores do local passassem uma mensagem indicando que a garota deveria dirigir-se na sala em que Lilly estava, já que haviam aceitado batalhar contra ela.

             -YUPIII! ALGUÉM QUER BATALHAR COMIGO? HEIN? HEIN? –Disse uma garota correndo na direção de Lilly. Ela tinha cabelos loiros e usava uma boina vermelha, tal como sua roupa.

             -Oh my Chrominus! Ela é minha adversária? Que medo. –Disse Lilly

            -Oh, você é quem me desafiou? Seu nome é Lilly? Hein? Hein? Vamos lá Lilly-

chan?

            -Chan? Olha o respeito! Alguém desliga esta menina da tomada?

            -Hohohoho! Meu nome é Sarah Lawson, prazer. Agora vamos lutar!!!! –Disse ela correndo para dentro de uma sala

            -Sinto que me meti em uma fria....

             No mesmo momento, Sam saía de um PokéMart com um mapa em suas mãos. O garoto parecia mais confuso que sem ele. Até que viu uma placa, que confirmava que o local em que estava era a Avenida Âmbar.

             -Acho que é aqui. Acho que não vai ser difícil encontrar alguém com as mesmas características que o vovô pediu...

             Naquela hora, talvez fosse algum obstáculo do destino, mas ele notou um monte de homens usando casacos marrons que andavam pela cidade.

             -O quê? Por que tem tanta gente com casaco marrom? –Perguntou ele para si mesmo

            -Casaco marrom é o que há de mais moderno, baby! –Disse um homem que ouviu o desabafo do jovem, deixando-o sem-graça.

             -Aiai... Estou em maus lençóis... –Suspirou Sam.

             Ao olhar o relógio ele notou, 09:15, e naquele mesmo segundo pôde-se ver outro homem com casaco marrom. Este de alguma forma diferenciava-se dos outros. Parecia que uma misteriosa aura rondava-o. Ele usava um chapéu que impedia que seu rosto fosse visto.

            -Com licença, jovem. –Disse ele mostrando um distintivo.

             -V-você é...

             -Chame-me de L. Por favor, pode entregar “aquilo”?

             -C-claro. –Assentiu o jovem puxando o objeto de sua maleta.

             Assim que colocou a P.A.S.T.A em mãos, o homem a colocou dentro de seu casaco e virou-se de costas para ir embora sem ao menos despedir-se.

             -Espera aí! O que tem na P.A.S.T.A? –Perguntou Sam antes que o misterioso homem pudesse deixá-lo sozinho.

            -Isto é assunto confidencial. –Respondeu ele friamente.

             -O que você sabe sobre a Equipe Dark? –Questionou o jovem, quase que sem ser ouvido.

             -Eles são criminosos de má fé. Mantenha-se longe deles. Tenho certeza que nossos caminhos ainda se cruzarão. –Concluiu o homem deixando o local. Como uma sombra, ele desapareceu no meio da multidão. Mesmo que rodeado de milhões de pessoas, Sam parecia ter estado sozinho com o curioso homem. O que ele queria dizer com “nossos caminhos ainda se cruzarão”?

             -Moças! Por favor! Se eu não respirar eu não sobrevivo! –Dizia Drake em vão, sendo agarrado por um monte de mulheres.

             -EU AMO SUA MÃE! ELA É UMA INSPIRAÇÃO PARA AS MULHERES! –Gritou uma

            -ELE É LINDOOO! QUERO CASAR COM ELE! –Disse outra

             -C-casar? Já vi Wailord mais em forma que você, tiazinha! Alguém pode me atender? –Pediu ele.

            -Deixe comigo, querido! –Falou uma funcionária puxando o garoto pela mão e rapidamente levando-o para o elevador, chegando em outro andar. -Pronto! Agora pode dizer o que você precisa.

            -Preciso de uma roupa para Contests e acessórios para meus Pokémons.

            -Naturalmente! Mas para comprar isso você precisa comprar isto. –Falou ela apontando para um curioso objeto.

            -O que é isso?

            -É uma Fashion Case. Nela você pode guardar seus acessórios de Contest.

            -Ótimo. Vou levar uma desta.

            -Senhoritas! A batalha será de um Pokémon contra outro. O último a ficar incapacitado de prosseguir vencerá. É livre o uso de itens para alterar Status de seu Pokémon. Comecem! –Instruiu o juiz da batalha.

            -Vai Fippy! –Disse Lilly lançando sua Pokébola para o alto.

            -Escolho você, Harppy! –Falou a outra repetindo o gesto.

            Os dois Pokémons pareciam dispostos para batalhar. O Pokémon de Sarah era conhecido por Lilly. Era Harppy, a espécie de Pokémon que atacou-a na Rota 302.

             -Caramba! É o Pokémon que me atacou na Rota 302! Deixa eu ver na Pokédex. –Falou ela pegando seu objeto da mochila.

             Harppy: um Pokémon filhote de Harpia. Quando filhote, ele é alimentado pela mãe. Pouco tempo depois, ele é obrigado a viver sozinho, o que torna os Harppys independentes. São dóceis com os humanos.

             -Dóceis o caramba, quase que os franguinhos me mataram!

             -Hey, Lilly-chan! Eu vou começar! Harppy, use o Tackle! –Ordenou a garota mais que eufórica.

             O Pokémon pássaro rapidamente correu na direção de Fippy, desferindo-lhe uma poderosa investida.

             -Nada mal, hein? Fippy use o Ember.

            Ao dizer isso, o pequeno gato abriu sua boca e liberou pequenas brasas, atacando em cheio Harppy.

             -Hey Lilly-chan! Eu vou te vencer! Harppy, use Wing Atack!

             -Use Scratch!

              Harppy atacou Fippy com sua asa, espirrando um monte de penas para os lados. Em seguida, Fippy arranhou o adversário poderosamente.

            -Ataque com o Growl!

             -Dois podem usar este jogo! Agora, use o Leer.

            Desta vez os dois Pokémons usaram ataques que alteravam os Stats de seus adversários, Leer diminuindo a defesa Koalappy e Growl diminuindo o ataque de Fippy

            -Wing Atack!

             -Ember!

             Os dois lutaram cabeça a cabeça, com todas as suas forças, tal como suas treinadoras que ficavam empolgadas com cada movimento. Uma grande cortina de fumaça cobriu toda a arena, e o juiz foi o primeiro a perceber o resultado.

            -Os dois Pokémons estão fora de combate. Portanto, eu declaro como empatado.

            -Cara... Você é boa... –Disse Lilly pegando Fippy no colo.

            -Você também é, Lilly-chan! –Respondeu a garota sorrindo, tal como de costume.

             -Tá, tá... Obrigada pela batalha!  -Agradeceu a garota virando as costas.

            -Hey, Lilly-chan! Você também é treinadora?

            -Nanão! Sou Enfermeira Joy. Claro que sou treinadora! –Respondeu ela rudemente.

            -Aye! Eu também! Quem sabe a gente não se encontra em breve? Ein? Ein?

            -Espero que não...

            Drake havia deixado a Coordinators Shop, com vários acessórios. Finalmente havia se livrado de suas futuras fãs. Quando aproximou-se do Pokémon Center ele avistou Lilly e Sam, que também estavam voltando.

            -Caaaaaara... Conheci uma menina doidona. –Disse Lilly mencionado Sarah.

             -Sério? Eu conheci dezoito doidonas! –Riu ele. –E você, Sam?

             -E-eu?

             -É! O que fez o dia todo? –Perguntou Lilly,

            -E-eu... Comi! –Mentiu obviamente ele.

             -Comeu? –Perguntaram os dois confusos.

            -Comi... E... Fiz aulas de d-dança!

            -Aulas de Dança? –Questionaram sem entender nada.

             -É! D-deixa eu m-mostrar.

            O jovem certamente teve que sacrificar seu orgulho para manter a P.A.S.T.A em sigilo. Com alguns movimentos horríveis e nem um pouco sutis, ele foi capaz de eliminar todas as observações das pessoas que passavam ao seu redor.

            -Eu, ein. Sou grata que os humanos não tem dança de acasalamento, porque se não ninguém se apaixonaria nesta vida! –Disse Lilly, fazendo todos caírem no riso.

            Aurora City certamente é um local cercado de acontecimentos. Drake ganhou um ovo de seu irmão, mas descobriu que teria que aguardar uma semana para competir no Contest de Aurora. Lilly ganhou uma nova rival, assim como aumentou sua experiência em batalhas. E Sam entregou finalmente a P.A.S.T.A, embora que tenha se confundido ainda mais, e L acabou tornando-se um mistério maior ainda depois de apresentar-se. O que aguarda nossos jovens protagonistas?