segunda-feira, 4 de junho de 2012

Uma nova manhã se iniciara. Funment City despertava aos poucos, e o movimento se iniciara. O movimento de gente feliz. Risos e palhaçadas que chegavam a assustar. Treinadores desciam as escadas do Pokémon Center correndo, chegara a hora de provar suas habilidades em batalha.
O dia do torneio chegara. O despertador de Drake tocou o mais alto que pôde, acordando Lilly e Sam também. Em um pulo, os dois se trocaram para o dia longo que teriam. Seria a conclusão de suas aventuras na cidade. Porém, por algum motivo, Drake levantava–se vagarosamente, fungando e com os olhos inchados. Lilly pareceu não ter notado aquilo pois estava toda serelepe e esperançosa para a competição.
                –Ae, hoje é o dia do torneio! To esperando por isso faz uma semana! –comemorou Lilly
                –Nós sabemos, não se preocupe. Tudo em seu tempo. –acalmou Sam.
                Lilly pegou sua mochila e abriu as janelas toda contente, enquanto que Drake ainda lutava para se trocar. A menina abriu a porta e parecia flutuar em meio à ocasião. A ansiedade era seu ponto fraco, depois é claro da delicadeza. Drake se dirigiu ao mesmo local, mas Sam tocou a mão em seu abdome, bloqueando a passagem.
                –Drake, você está bem? Está com os olhos inchados desde ontem à tarde. Aconteceu alguma coisa?
                –Nada, apenas tive umas lembranças... –suspirou ele. A idéia era não contar, mas sabia que Sam era uma das pessoas mais confiáveis que conhecera. –Fez cinco anos.
                –Cinco anos do que?
                –Cinco anos que Melissa Blossom morreu. –disse uma voz masculina já conhecida.
                Naquele momento Lilly foi arremessada para trás de susto ao ver Rose, Chad e Sarah se aproximando do lugar. Eles haviam acabado de sair de seus quartos. Chad também tinha lembranças daquele momento no passado, e nunca esquecera Melissa.
                –Quem? Vocês podem falar minha língua, por favor? –indagou Lilly.
                –Minha melhor amiga. Morreu por minhas mãos. –disse Drake fazendo todos se assustarem e prestarem a atenção no jovem.  –eu a tinha magoado, e quando ela gritou atraiu a atenção de Houndours e Houndooms, e na hora de atravessar a rua foi atropelada. Ela morreu por minha causa.
                –Então é por isso que você tinha medo de Houndooms e Houndours. Faz sentido agora... –suspirou Sam.
                Todos ficaram calados. Agora o suposto assassinato fazia sentido, assim como a Cinofobia do amigo. Drake era uma pessoa alegre e positiva por fora, mas nenhum deles esperava que tudo aquilo fosse apenas uma fortaleza para que seu verdadeiro eu não aparecesse. Um eu melancólico e inseguro.
                –Meus pêsames Drake, mas acredite que o passado é passado. Sua amiga pode não estar aqui, mas sempre estará aí. Onde é mais importante. –disse Rose tocando o local onde o coração do menino estava posicionado com o leve indicador, sem saber ao certo o que falar. –E aposto que ela te observa sempre que pode.
                –Rose... Obrigado. –disse ele liberando um singelo sorriso, junto de algumas lágrimas.
                –Como você sabe disso? –perguntou Lilly interrompendo o clima.
                –Tive uma experiência parecida com um amigo uma vez. Mas não quero falar nisso. –respondeu ela seriamente.
                –Isso, porque quem vive de passado é museu, o futuro a gente faz agora! –gritou Sarah toda empolgada.
                –Quase isso, Sarinha. –Disse Chad. –enfim, acho que isso é satisfatório para esclarecer nossas divergências.
                 O grupo assentiu. Seria difícil engolir o que tinham acabado de ouvir, mas todos tentavam passar segurança para os amigos. Todos desceram e foram tomar café. Apesar do ódio entre Drake e Chad ambos acabavam por se irritarem, mas sabiam conviver juntos depois de serem vizinhos tantos anos. Sarah animava todos com sua voz fina e acelerada, que praticamente convidava você a tapar os ouvidos.
                Após saírem do estabelecimento seguiram para um lugar curioso, uma espécie de arena, com alguns campos de batalha. Era ali que seria sediado o torneio, então seria interessante conhecerem melhor o lugar. Os campos eram dotados de diversos complementos que favoreciam a alguns tipos e dificultavam para outros. Muitas pessoas já se aproximavam para guardar seus lugares e os mais atrasados corriam a procura de cambistas para pegar ingressos atrasados. De alguma direção ouviu–se uma voz alta, e uma sombra veio a toda velocidade. Era uma mulher, que fez Drake tentar fugir em vão.
                –FILHOOOOOOOOOO!!!!!
                Alice apareceu do além e agora agarrava o filho como se fosse um pequeno urso de pelúcia, o que fez os amigos não conseguirem esconder o riso. Alice era uma boa mãe, mas não deixava de sentir saudades tremendas quando seus filhos saiam por muito tempo. Ela repetia as ações até mesmo com Andrew, mesmo ele tendo vinte e tantos anos. A última vez que Alice fizera assim fora pouco depois que Drake chegou de Snowpoint City.
                –M–mãe? Como você veio aqui?  E mais importante, como você me achou? Vai me dizer que aquela parada de implantar chip na minha cabeça quando eu nasci não era brincadeira?
                A mulher escondeu uma espécie de objeto eletrônico, semelhante a um rastreador dentro do bolso. Então começou a falar meio envergonhada.
                –Claro que era. Quero dizer, o Hélio me disse onde você estava. Soube que você ia participar do torneio e como ia assistir um Master Contest por aqui, resolvi dar um oi. Oi -sorriu ela sem graça.
                A mãe notou a presença de uma garota de cabelos rosa claro ao lado de Drake. Mas não tão ao lado. Perto. Muito perto. Perto demais. Rastreador de romance de Alice Eavans entra para funcionar.
                –Quem é essa do seu lado? O que eu disse sobre noras?  –perguntou ela rigidamente enquanto balançava o indicador.
                A garota pareceu quase tão envergonhada quanto Drake, mas não escondeu estar feliz por conhecer uma Top–Coordenadora tão famosa, que fora um dos exemplos para que decidisse seguir o mesmo caminho.
                –Meu pseudônimo é Rose Shine senhora Eavans. É uma honra conhecer uma das coordenadoras que mais me inspirou a seguir esta carreira. –apresentou –se ela dando um leve aperto de mão.
                –Que meiga, adorei você. –elogiou a mulher. –Chad, como vai?
                –Excelente senhora Eavans, muito obrigado. –disse ele cumprimentando.
                Muita gente. Muita informação. Alice não parava de dar foras, como o que fizera em seguida.
                –Essa é sua namorada, Chad? Posso dizer que tem bom gosto, parece simpática.
                –Namorada? C–claro que não! A Sarah e eu só estamos em uma jornada. –disse ele encabulado.
                –E–e e–eu s–sou S–Sam D–Deacon. P–prazer c–conhecê–la. –apresentou–se Sam, envergonhado por conhecer pessoalmente uma mulher tão famosa.
                –Olá, Sam! Lilly também está aqui... Olha só, que grande grupo! Na minha época eu só viajava com duas amigas, a Fantina, a mais velha, e a Johanna. Bons tempos. As fotos daquela época eram lindas, ainda as tenho. –falava ela lembrando–se do passado.
                –Já tinham inventado a máquina fotográfica? –brincou Drake.
                –Falta de respeito! Se não tem nada bom para falar fique em silêncio. –brigou ela. – Agora vou reservar meu lugar na arquibancada. Boa sorte para todos.
                Ela se retirou. Que figura, quem diria que uma ex Top–Coordenadora fosse uma mãe tão superprotetora? Durou alguns segundos para que todos voltassem ao normal. Lilly por alguma razão adorava Alice e sua maneira protetora.  Após o choque coletivo, todos voltaram a seu objetivo.
                –Por falar em sorte, melhor nos prepararmos logo. –disse Drake por fim.
                O grupo adentrou o grande estádio. Os preparativos estavam quase terminados, os competidores já se preparavam para a grande entrada. Em uma grande sala ficavam várias máquinas onde os treinadores podiam transferir Pokémons de seu time para o Box, e vice–versa. Muitos treinadores montavam seus melhores times para competir no torneio, embora fosse dado como um especialmente para iniciantes, logo, seria ótimo para o grupo de amigos pois poderiam adquirir experiência aos poucos.
                Após um sinal todos os participantes seguiram por um caminho, um corredor. Ao fim dele, sons e claridade estavam postos como o fim de um túnel. Todos saíram e uma multidão grandiosa começou a gritar. Os amigos se surpreenderam com a quantidade de pessoas, afinal, quem iria querer assistir um torneio de iniciantes? Mas parecia que naquela cidade, tudo era divertido para os habitantes, de modo assustador. Uma chama foi acesa, e Hélio anunciou por um microfone algo que fez a multidão vibrar:
                –E é dado início o torneio de Funment City!
                As regras de sempre foram citadas. Sem Pokémons lendários, o que seria uma idiotice citar, afinal, que iniciante teria um lendário? Ainda que esses Pokémons estivessem esquisitos nos últimos tempos. As batalhas seriam em duplas, no caso duas pessoas, e cada um tinha de direito de usar apenas um Pokémon por batalha, porém durante as competições eles poderiam trocá–los.
                Um computador sorteou as duplas a batalhar apresentando vários participantes. As primeiras batalhas começavam a todo momento, nada muito surpreendente porém alguns treinadores tinham notável habilidade. Rose e Drake pareciam perfeitamente sincronizados na competição, e devido à habilidade de Rose e seus Pokémons fortes os dois avançavam as etapas rapidamente. Sam e Lilly também obtinham sucesso, Sam demonstrava–se muito hábil durante as batalhas, incentivando a menina e a ajudando com itens que carregava em sua maleta. E Chad e Sarah pareciam também perfeitamente em conjunto, o tempo que passavam juntos era suficiente para conhecem um ao outro bem.
                As semi–finais foram lançadas. Drake caiu contra Chad, enquanto que Lilly caíra contra um garoto familiar, de cabelos vermelhos. Era Derek, que tinha causado os problemas dentro de um cassino alguns dias atrás.
                –Ei, esse cara parece familiar... É aquele moleque que ficou encantado pela Lilly, não é?  –Perguntou Drake observando os detalhes.
                –Não acredito! Vamos batalhar com ele. Preciso arregaçar. –disse Lilly confiante.
                –Meu Chrominus, melhor preparar meu colete a prova de balas. –suspirou Sam.
                Drake e Rose batalhariam na primeira arena enquanto que Lilly e Sam na outra. Chad não parecia surpreso, ele podia odiar Drake mas sabia que o garoto tinha potencial, e causaria grandes problemas para ele se melhorasse em alguns pontos. Já Sarah estava ansiosa. Ela não era boa estrategista mas certamente com a ajuda de Chad usara seus pontos fortes a seu favor.
                –Floodle, vamos meu querido. –Disse Chad pegando uma de suas Pokeballs.
                –Flashrew, arrasa! –gritou Sarah.
                –Nova, vai lá! –pediu Drake lançando sua Heal Ball
                –Mawile, você consegue. –completou Rose.
                A arena foi tomada por quatro Pokémons. Nova, a Lepidler de Drake estava pronta para a batalha, enquanto que Mawile parecia assustadoramente mais forte. Chad lançou um Pokémon pequeno, uma espécie de Poodle azul, cujos tipos eram Normal e Psychic, um típico cachorro de madame, cujo preço era caro e não era encontrado na natureza. Sarah lançou um musaranho, um roedor pequeno e elétrico, que tinha obtido trocando seu Harppy há pouco tempo.

                –Comecem! –anunciou o juiz.
                –Floodle, use o Agylity. –pediu Chad
                –Thunder Wave! –completou Sarah
                O pequeno cachorro começou a se mover rapidamente pelo campo de batalha, confundindo os adversários para que Flashrew usasse seu ataque e paralisasse Lepidler. A combinação fora bem sincronizada, tendo sucesso em sua execução.
                –Droga, eles paralisaram a Lepidler.
                –Deixa comigo, Mawile use o Iron Defense.
                Nova não conseguiu atacar devido à paralisia, mas Mawile brilhou prateado, usando um ataque que aumentava sua defesa. Drake não entendera a princípio o propósito, mas Rose sabia que se Lepidler continuasse naquele estado seria um alvo fácil, então o jeito era investir em Mawile.
                –Psybeam na Lepidler. –comandou Chad.
                –ThunderShock!
                –Chega, vou usar um Parlyz Heal –resmungou Drake.
A combinação de ataques não era tão efetiva contra Lepidler, mas a impotência da borboleta era o problema. Drake pegou um frasco de sua mochila e após borrifar um pouco do líquido, Nova já estava de volta à ativa.
                –Crunch! –Comandou Rose.
                A boca presa atrás da cabeça de Mawile abriu–se em um rápido movimento e agarrou o pequeno poodle, apertando–o com seus poderosos dentes. O movimento do tipo noturno fora muito efetivo, e combinado ao nível elevado do Pokémon, Floodle caiu derrotado.
                –Floodle! Essa não! –praguejou Chad acolhendo seu Pokémon na Pokeball.
                –Veshe! Flashrew vamos usar o Thunderbolt.
                O pequeno roedor tentou derrubar Mawile com o ataque, mas pareceu sequer fazer cócegas em Mawile. Sarah estava ficando sem opções, e logo a batalha estaria terminada.
                –Triste... Agora é hora da vingança! Signal Beam!
                –Posso encerrar? –pediu Rose –Fain Attack.
                A borboleta lançou um raio colorido de suas antenas e atingiu em cheio o roedor, derrubando–o. Em seguida, uma sombra apareceu em sua frente, golpeando–o e o derrotando. A batalha havia se encerrado, e Drake e Rose haviam vencido.
                –N–não pode ser! É inconcebível! –dizia Chad não acreditando na derrota, mas já havia acabado, e não havia nada a se fazer.
...
                –Pow, como eu fui perder? –resmungava Derek ao seu amigo. – Ainda mais para uma...
                –Uma menina? Não se preocupe, eu não sou uma qualquer. Sou a futura campeã da elite, pode virar um bom capítulo para sua autobiografia quanto for um cinqüentão.  Que tal “Minha derrota contra Lilly Hanley”? Anota para não esquecer. –falou Lilly confiante se afastando do adversário.
                Derek parou com uma expressão séria, e então virou–se para seu companheiro:
                –Manolo, o que ela falou? Eu não estava focando nos olhos dela.
...
                Agora só faltava a final. Drake e Rose contra Sam e Lilly, uma batalha que prometia. Os amigos haviam conseguido superar as dificuldades para se encontrarem em um último desafio na cidade, que prometeria algumas emoções.
                –Quem diria que nós íamos nos encontrar na final? –perguntou Sam amigavelmente.
                –Pois é. Uma pena que daqui vocês não passam.  –disse Drake confiante.
                –Quer uma derrota rápida e simples ou lenta e dolorosa?  –questionou Lilly para a menina.
                –Eu preferia sem dor, mas se não tiver jeito... –disse Rose soltando uma ligeira risadinha.
                Os quatro adentraram o lugar. Pequenas gotas de suor escorriam por seus rostos. Pior que lutar contra desconhecidos seria lutar contra amigos. Havia pouco tempo que estiveram juntos, mas todos haviam criado laços de amizade fortes. Seria a primeira disputa competitiva entre eles.
                –Icammoth, assuma sua posição. –pediu Sam lançando uma Pokeball.
                Da luz branca exalada pela esfera saiu uma criatura curiosa. Era pequena e peluda de cor marrom, com algumas pelugens brancas espalhadas pelo corpo, principalmente na pequena tromba que possuía. Era um mamute, mas não qualquer um. Parecia mais que antigo.
                –Sam, desde quando você tem esse Pokémon? V–você nunca nos falou. –disse Drake surpreso, mas também fascinado por encontrar um tipo gelo.
                –Ele foi ressuscitado de um fóssil... Tusk Fossil, eu tenho um poderoso time desses ancestrais. –contou o amigo.
                Lilly lançou Fippy, uma apoio para o Pokémon tipo gelo seria útil. Drake lançou Spark enquanto que Rose usou sua Kirlia, que aparentemente era muito bem treinada e havia sido usada por ela quando apareceu na televisão.
                –Icammoth, vamos começar com o Ice Shard. –pediu Sam.
                –Fippy, Flamethrower.
                Sam se concentrou em acertar Drake enquanto que Lilly prendia mirar em Kirlia. Porém, nenhum dos Pokémons em campo tinha considerada vantagem ou desvantagem sobre os adversários.
                Wild Charge, Spark! –comandou Drake.
                –Kirlia, Future Sight
                O Emolga correu a toda velocidade, usando uma investida extremamente poderosa e elétrica, enquanto que Kirlia usou seus poderes mentais para atacar Fippy. A batalha se estendeu. Nenhum dos dois lados cedia. Em um momento Spark quase foi derrotado, porém Kirlia o ajudou com Heal Pulse. Após um ataque Spark, Icammoth não agüentou e caiu, enquanto que o Future Sight fizera seu efeito e derrotou Fippy. Drake e Rose haviam vencido a final. Os amigos ficaram observando por um tempo, tentando engolir a derrota. Drake abraçou Rose, e a garota retribuiu de mesma forma até que uma voz mais alta que a de Hélio com o microfone pôde ser ouvida.
–POOOOOOOOOOOOOOOOODE LARGAR ELA QUE EU TO DE OLHO MOLEQUE! –disse Alice fazendo Drake largá–la.
Lilly permaneceu parada, olhando para seu Pokémon caído. Ainda não acreditava como havia sido derrotada. Não conhecia mais da metade dos ataques que viu no torneio, e isso não era um bom sinal para uma treinadora. Seus olhos pareciam distantes, como se sua mente tivesse sido abduzida.
                –N–nós perdemos...  –sussurrou ela.
                –É o que parece. –concordou Sam aproximando–se dos ex–adversários. –Meus parabéns, Drake e Rose, foi uma batalha espantosa. Há tempos que eu não entrava em uma batalha assim. 
                –Igualmente, Sam. Vocês foram muito bem, precisamos suar para vencer. –respondeu a menina.
                –Ótima batalha Lilly. –disse Drake aproximando–se da amiga e estendendo a mão para ajudá–la a levantar.
                Porém, não era possível ver seu olhar. Ela permanecia na mesma posição, encarando o solo, até que em um movimento levantou–se sozinha, recusando a ajuda. Todos que assistiam não gostaram da atitude, inclusive Drake. Até que então ela se pronunciou:
                –É... Foi... Parabéns. –disse ela se retirando e trazendo Fippy de volta à Pokeball.
                Aquilo era estranho até para Lilly. O fato de sair brava não era novidade, mas de ignorância e silêncio sim. Algumas pessoas na arquibancada vaiaram sua atitude anti–esportiva, mas ela apenas se retirou da arena sem os olhos a mostra.
                Os amigos preferiram nem tocar no assunto. Receberam o prêmio e foram aplaudidos de pé, principalmente por Alice que não conseguia se segurar em silêncio por um segundo se quer. A mulher era muito neutra quando assistia Contests ou outras competições, mas seu filho caçula era especial. O prêmio, uma mala cheia de TMs e itens que qualquer tipo de treinador iria usar. Não tinha erro, e seria muito útil. Drake e Rose ganharam uma pequena mala cada um, além dois troféus. Sam pegou seu prêmio e o de Lilly: alguns itens também.
                Eles voltaram e se revezaram no chuveiro. Lilly já havia se banhado e estava com roupas mais confortáveis no quarto. A garota permanecia na pequena varanda de seu quarto no Pokémon Center sentada em uma cadeira, observando suas Pokéballs, depois suas insígnias, e demais itens de considerável importância em sua pequena carreira que havia pouco tempo de início. Sam e Drake puseram vestes especiais para participar da festa de encerramento do torneio, que seria o suficiente para finalizar suas jornadas pela cidade e partir para outra.
                –Você não vai à festa de encerramento?  –perguntou Sam enquanto abotoava sua camisa ao ver que ela permanecia no mesmo lugar, parada e com um pijama.
                –Hoje não.
                –Hoje não? A festa é só hoje. –brincou Drake.
                –Não estou no clima. –disse ela, seca.
                –Então nos vemos depois. –finalizou Sam empurrando Drake para fora.
                Em situações assim seria melhor deixá–la só. Ou não, mas nenhum dos dois sabia lidar direito com ela. Seria só por aquela noite. Esperava–se. Para esquecer essas coisas os dois entraram na festa. Eram praticamente os estádios decorados, com comes e bebes expostos para os participantes. E claro, os típicos jogos de mesa ou de máquinas da cidade, mas agora lá.
Não havia sinal de Alice, ela ligou para o Pokégear do filho e avisou que Hélio estava a levando para Heaveir City, pois tinha que viajar para Sinnoh no dia seguinte, e isso explicava o sumiço do líder naquela noite. Drake e Sam encontraram Rose. A menina estava linda, com um vestido em tons róseos, salmão, e bastante purpurina, além de um adorno na cabeça, uma tiara. Drake ficou paralisado ao vê–la assim, mas ela logo o tirou do transe ao fazer uma pergunta:
                –A Lilly não vem?
                –Nem. Ela tava meio pra baixo. –explicou o garoto.
                –Será que foi por causa da batalha? Eu fiz algo errado? Fora ser derrotado... Mas é que estou meio enferrujado, fora que não treino meus Pokémons há algum tempo... –dizia Sam um pouco culpado, pois sabia o quanto Lilly queria ganhar.
                –Acho que o problema é com ela. Quer dizer, ela notou que ainda não está no caminho certo. Ela pode ter conseguido duas insígnias, mas se continuar neste ritmo não vai vencer tantas batalhas quanto pensa. Ela precisa se tornar mais estrategista e organizar melhor seu time. –orientou Rose. –E vocês precisam ajudá–la.
                –N–nós? Digo, claro. Já estive ajudando a Lilly e dando uns toques quanto às estratégias. –explicou Sam.
                –Precisamos de mais. Eu também preciso. Depois de sairmos daqui vamos pegar firme nos treinos. –disse o outro garoto. –Qual a próxima cidade, Sam?
                –A próxima cidade é Carevite Town, a cidade famosa pelo seu grande Daycare Center. –explicou.
                –Ela fica no caminho de Heaveir City, não é? –perguntou ele.
                –Exato. Acho que até amanhã estaremos juntos, depois iremos nos separar. –falou Rose com uma voz triste.
                –É uma pena... –respondeu Drake mais triste ainda.
                –Logo estaremos nos encontrando novamente, acreditem. –alegrou ela.
                Naquele momento o local onde Rose estava posicionada, uma elevação de madeira, acabou quebrando, e surpreendentemente revelou um garoto que jazia abaixo dele espiando por uma fresta, cujo olho agora estava sendo decorado com o sapato da menina.
                –Ai. Porra, meu olho! Quase você atravessou a minha cara com esse salto. –reclamou Derek colocando a mão no olho ferido.
                –Espera aí, por que vocês estavam embaixo desse lugar se tem uma fresta aqui e eu estou de vestid...
                –Vai me bater? –perguntou simplesmente ele.
                –Corre enquanto pode. –respondeu a garota sem surpresa alguma.

                Após o torneio, nossos protagonistas concluem sua jornada em Funment City, agora partindo para Carevite Town. Porém, o estranho comportamento de Lilly fizera com que seus amigos parassem para pensar como deveriam melhorar em seus treinos, e deveriam se voltar mais para seguirem seus objetivos. 

4 comentários:

Shiny Reshiram disse...

gostei muito do capitulo e dos novos fakemons principalmente o Icammoth e o Flashrew.

continue assim com o blog haos

Haos Cyndaquil disse...

Awn, muito obrigado, Shiny :) Admito que o Icammoth é o meu preferido desta batalha, não sei se é pelo tipo gelo dele ou o quê kkkk' Abraços Shiny

CanasOminous disse...

Diga aí, Haos! Bem que você disse que haveria um fóssil entrando em ação, que show cara, um mamute assim me lembra uma criatura com uma defesa razoável e um ataque destruidor. Foi uma figura que eu gostei bastante, e inclusive adorei a forma como você representou eles, seus fakemons estão ficando ainda mais legais (: Rapaz, imagina só esse bichinho evoluído? Seria matador demais *-* Ahh, deixa eu falar da Alice. CRUZES, ela é amiga da Fantina? Então ela deve ter... pelas minhas contas, cinquenta, sessenta, oitenta.... POR ARCEUS, como uma mulher como ela consegue estar tão conservada??? kkkkkk Zuera man, seria muito engraçado se Ethroen e Sinnoh se ligassem dessa maneira, podemos trabalhar num especial nesse sentido, já pensou? Eu adoraria desenhar a Fantina jovem! Naquele estilo de mulheres, Haos #WikiStyle kkk

Bom cara, de forma geral eu gostei bastante do capítulo, ele contou com alguns momentos bem importantes, como essa aproximação da Rose com o Drake e o fato dele revelar o que aconteceu no passado para os amigos. A dica que eu continuo é a de sempre cara, dá uma freada nos seus capítulos! Man, ignora o número de palavras, deixa o assunto fluir, faça até achar que tudo está perfeito. Eu vejo que voce tem todas as ideias, mas chega uma hora que é tanta coisa para fazer num único episódio que você se embaralha e um momento adorável como aquele em que o Drake e a Rose conversam acaba deixando um gosto de quero mais.

Ah, pode ficar tranquilo que a essa altura do campeonato a Lilly já aprendeu como é perder, graças a Arceus, falta um amigo mais competente como o Drake para dar um soco na cara do Luke e dizer que ele está virando um idiota kkkk Acho que perder faz parte, e inclusive, eu gostei muito da forma que você está tomando essa aproximação entre o Sam e a Lilly. Votei neles como casal na última enquete, tipo, ela é toda briguenta e exagerada e ele é aquele cara quietão. Cara, adoro casal assim! Trate de fazer os dois ficarem juntos *-* Vou indo nessa Haos, continue com seus grandes episódios (:

Haos Cyndaquil disse...

Hey cara, sorry pela demora ^_^' Shsuahsuahss' a história da Fantina era meio brincadeira cara, tipo, eu ia fazer mais para frente o seguinte: A Alice e a Johanna viajavam com ela mocinhas, mas não faziam idéia de quantos anos ela tinha. Logo, naquela época ela já devia ter uns trintão '-' kkkk' Ela sempre na frente, mas acho que mesmo agora "novinha" ela continua agindo como se tivesse ums vinte. Não se preocupe, a Alice é uma pessoa com idade normal kkkk'

Ahh essa coisa aí que eu mais estou me enrolando cara, eu acho as vezes que eu até exagerei no diálogo, acho que falta uma revisada no final. Vou tentar fazer isso com o próximo capítulo, visto que vai ter um diálogo importante. No capítulo 19 essa trama louca tem fim, e espero ainda ver o Lukas ou o Stanley dando um apoio para o Luke se tocar, ein? Ahh a Lilly e o Sam é complicado. Eu na verdade tinha planos para ele, mas acho que comecei a ver os dois de outra forma. Você poderia dar uma aguardada até a segunda temporada, mais ou menos? É porque lá que eu queria dar umas pistas do romance do Sam, mas acho que a Lilly ainda pode tomar esse lugar. Quem sabe cara? Tem casais que nem eu sei como vai terminar! Shsuahsuahush' Um abraço cara o/

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