sábado, 23 de junho de 2012

  —OLHA A FRENTE!!! —gritava uma voz.
                Um começo incomum, tanto quanto a cena daquele momento. Os três jovens corriam o mais rápido que podiam, ofegantes. A paisagem, talvez não podia ser notada com tanta precisão naquele momento crítico, mas era linda. Um grandioso porto, cujo piso era todo feito de pedras brancas, já um pouco gastas pelo tempo. Algumas lojinhas, barracas, e poucos lugares movimentados. Malas de viajem acompanhavam as pessoas que vinham e voltavam dos vários barcos que ficavam expostos no mar. E claro, o mar. Um lindo mar azul que se estendia até onde os olhos alcançavam.
                —A gente devia realmente ter saído mais cedo! —comentou Sam ofegante.
                —Culpa do Drake que demorou para acordar! —acusou a menina.
                —Ah, vamos lá o barco ainda não deve ter saído. —desculpou-se Drake.
                Eles aguardavam um barco de transporte que ligava o porto e Insecta Island, o mesmo era branco e límpido, usado por muitos outros viajantes como eles. Porém, um som não muito bom ecoou no lugar, o som de uma longa buzina de barco. Logo em seguida os três pararam na boca do mar, observando o transporte que se afastava cada vez mais, sumindo de vista. O barco já era.
                —Maldição! Dinheiro perdido nessas passagens de barco. —praguejou o garoto.
                —Essa não, moça quando sai o próximo barco para Insecta Island? —perguntou Sam para uma das moças que vendia as passagens.
                —Lamento, mas apenas após segunda-feira, logo, depois de alguns dias. Não saem barcos no fim de semana. —explicou ela com uma voz fanha, de forma que Lilly não pode esconder o riso.
                —Droga, esses dias vai ser a competição! Não podemos esperar, temos que dar um jeito. —disse Drake esbaforido andando de um lado para o outro.
                —Quer que a gente vá nadando? —perguntou a garota.
                —Sabe, agora que você falou...
                —Não, Drake. Não. —interrompeu o jovem de cabelos azuis antes que o amigo pudesse falar qualquer coisa.
                —Vamos agir. —completou ele.
                Os três olharam em sua volta para ver algo que pudesse ajudar, mas nada pareceria dar muito certo. Não havia o que fazer, apenas ir nadando talvez. Eram apenas alguns quilômetros, talvez muitos. Simplesmente alguns dias nos grandes navios, nadando daria um pouco mais... Realmente não dava para ir nadando.De repente como uma voz da salvação uma voz robótica pôde ser ouvida por um dos megafones que jaziam presos em um fio a um poste:
                —E então pessoal, comprem seus bilhetes e concorram a três passagens a bordo do cruzeiro Island Star, o cruzeiro famoso por transportar a Elite 4! Isso mesmo, concorram agora mesmo a três passagens!
                —Três passagens? Vamos tentar, pessoal! —incentivou Drake animado.
                —Drake, essas coisas são armação para ganhar dinheiro. No fim ninguém ganha ou ganha alguém muito sortudo e anormal. —respondeu Sam com um tom reprovador.
                —Não custa tentar. Ou melhor, custa cinco pilas, mas comparado ao que podemos ganhar é baratérrimo. —disse ele convencendo os dois.
                Eles foram até o local onde um homem falava, que era um pequeno palco, mas ainda assim juntava várias pessoas em volta. Ele ofereceu números para os três, que aguardaram. O homem de sua mesinha e no microfone começou a anunciar enquanto uma bela mulher girava algo como os que eram usados pra sortear números de bingo.
                —E o sorteio está sendo feito. E o número que levará as passagens é..... —falou ele com uma grande pausa que fez todos aproximarem seus pescoços para ouvir a resposta. —Noventa e nove!
                —Não pode ser! —disse Drake. —Eu ganhei! EU GANHEI! OH GOD, WIN!
                Lilly e Sam ainda pareciam não acreditar, mas de tanta empolgação ele nem mostrou o bilhete para os amigos. Ele saiu fazendo uma espécie de dança enquanto que apontava para todo mundo com uma expressão de superioridade. Do tipo “meros mortais, rendam-se a mim”. O homem pegou o bilhete e observou bem, fazendo em seguida um anúncio.
                —Desculpe garoto, mas você não ganhou. O seu número é sessenta e seis. —falou ele fazendo com que todos suspirassem surpresos.
                —O quê? Claro que não, é noventa e nove, você está tentando me enganar!
                —Não senhor, esse traço indica onde deve ficar para baixo, se lê o número assim. —explicou ele virando o bilhete para que Drake pudesse entender.
                —Isso é um roubo! É mentira! Eu vou te processar por enganação, me aguarde! —gritava o garoto enquanto era arrastado por dois seguranças que rondavam o lugar.
                Sam não parecia surpreso, mas Lilly fazia questão de dar risada apontando para ele. Os homens grandes jogaram-no em frente a eles após assentirem que o conheciam. Embora não ficassem muito felizes naquele momento em admitir isso.
                —Eu disse, Drake. Não daria certo. —disse Sam.
                —Agora fiquei com raiva, essa droga me encheu! —resmungou ele.
                —Com licença. —pediu um homem que se aproximava dos três.
                —Passa logo, otário. —falou ele rudemente sendo fortemente cutucado por Sam.
                —Como disse? Não sabia que recepcionava os outros dessa forma agradável. —insistiu ele. Drake estava prestes a se virar e dar uma boa resposta quando viu quem era a figura que se tratava.

                —P-pai?! Desculpa ae, não sabia que era você. —desculpou-se suando litros.
                O homem apenas levantou uma sobrancelha sem nenhum entusiasmo. Não era jovem, já beirava após os cinquenta. Ele vestia trajes formais, como um terno acinzentado e uma gravata azul. Sua barba estava perfeitamente feita e seus cabelos bem penteados. Nolland sempre estava pronto para a mídia, algo que aprendeu a conviver após adquirir grande experiência.
—Essa vou deixar passar. —falou ele com um tom rígido logo em seguida um pouco descontraído. —O que fazem por aqui? Sua mãe me disse que estavam indo em direção de Carevite Town.
                —E era isso, mas uns tiozinhos do mal destruíram a ponte com uma bomba e ficou tudo interditado. —explicou o filho.
                —“Tiozinhos do mal?” Engraçado. —disse ele dando uma risadinha descontraída. —Ahh filho, desde que você chegou não tive tempo de ter um tempinho com você, a Alice não te larga!
                —Pois é, e o que você faz aqui? Você está sempre tão ocupado com os negócios da elite que quase nunca te vejo.  —comentou ele o deixando sem graça. —Deixa eu te apresentar o Sam, ele é Analyzer.
                —Sam, é um prazer. Um Analyzer? Isso é muito legal, você é neto do Silver, não é? Conheci seu pai, gente fina. —dizia ele buscando memórias. —E olá Lilly, há algum tempo que não nos vemos.
                —O-obrigado senhor. É-é um prazer. —disse Sam começando novamente a gaguejar.  Lilly também o cumprimentou.
                —Bom, estou de passagem, vou entrar agora naquele cruzeiro que a elite vai, preciso ir. Vocês vão em que barco? —perguntou ele um pouco desconfiado.
                —Atualmente em nenhum. O último já partiu e ou vamos nadando ou eu perco minha competição. —disse ele olhando para uns colegas, com os olhos estampando “vamos lá, são só alguns quilômetros! Ou muitos...”
                —Bom, acho que posso quebrar esse galho. —disse ele soltando um ligeiro sorriso. —Juntem suas mochilas, vamos a bordo do Island Star.
                As palavras caíram como uma bomba atômica, fazendo os três quase baterem o queixo no chão de tão abertas suas bocas ficaram. Uma entrada assim, de bandeja para um cruzeiro de luxo? Tinha que ter muita sorte.
                —O quê? Você está falando sério? Um cruzeiro lindo daqueles? De verdade pai? Muito obrigado, sério. —dizia Drake não acreditando.
                —Não podemos, Drake. É uma oferta muito boa, mas não podemos abusar da estadia do seu pai. —falou Sam puxando o amigo e quebrando toda a imaginação que ele e Lilly estavam tendo de suas futuras horas.
                —Que abusar, que nada. Vamos lá, será excelente ter a companhia de vocês. Só não garanto que estarei o tempo todo presente, ainda tenho algumas coisas para resolver. —explicou ele um pouco incomodado com aquele fato. —Mas então, vamos entrando?
                Eles se aproximaram de uma escadinha fina que levava para o local. Um cruzeiro colossal colocava-se em destaque no porto. Era branco e lindo, com o logotipo estampado sutilmente na lateral do navio. Havia muitos detalhes no seu topo, e tudo aquilo parecia maravilhoso. As escadas levaram até uma salinha, onde um balcão cheio de atendentes jazia em destaque. O chão era coberto por um carpete rubro e as paredes eram acompanhadas de mapas do próprio navio e fotos lindas. Pessoas de alta classe usavam suas roupas de férias e aguardavam pacientemente sua vez de serem atendidos. O homem se aproximou de uma moça no balcão e em seguida se pronunciou:
                —Coloque aqueles garotos na minha conta, e por favor dê a eles cartões vip. Só não permitam nada alcoólico, ainda não chegaram lá. —disse ele com um sorrisinho. Agora ele se virava para os três com o mesmo número de cartões coloridos em sua mão direita. —Bom garotos, não percam esse cartãozinho porque com eles vocês podem fazer o que quiserem e tem um valor que podem gastar nas lojas. Aproveitem.     
                Aquilo só podia ser sonho. Estavam no mais luxuoso navio do continente e foram recebidos pelo campeão da elite que os dera cartões vip para gastarem com o que quiserem e desfrutar de tudo. Sam era o mais surpreso de todos. Até mesmo Lilly parecia estar se acostumando melhor.
                —Me belisquem porque não pode ser verdade! Estamos em um cruzeiro luxuoso com tudo pago e podemos ter tudo aqui? É melhor que qualquer sonho que eu já tive. —falava o jovem de cabelos azul-escuro.
                —Haha, nem Sam, é melhor ainda. —brincou o amigo. —E então, pai, como vai o pessoal?
                —Você vai vê-los em breve, eles também estão a bordo. —disse ele fazendo Drake soltar um sorriso alegre. —Melhor agora que voltaram para o cruzeiro. Vou ter que ir agora, nos vemos em breve. —falou ele se retirando por fim.
                —Coitado do meu pai. A elite ocupa mais tempo do que ele gostaria, de forma que ele sempre estava meio afastado da gente. —suspirou o garoto olhando para o pai se lembrando de tudo que o mesmo já passou que ele sabia.
                —Mas deve ser fantástico ser filho do campeão da elite. —disse Lilly.
                —Como? Meu pai sempre esteve pouco disponível, a elite sempre foi prioridade. Eu adoro ele como campeão mas ele nunca pôde ficar muito tempo com a gente por causa disso. —falou o menino como se tivesse uma certa mágoa por isso.
                —Entendemos. É bom que estes dias vocês ficarão juntos novamente. —incentivou Sam.
                Drake assentiu contente, e eles se prepararam para sair quando uma voz conhecida com um tom de repugnância pôde ser ouvido de trás deles.
                —Ugh, parece que os padrões destes lugares caiu mesmo nos últimos tempos. —disse Chad com uma cara de nojo.
                —Chad? Putz, como você veio parar aqui, sabe o preço só para entrar e dar tchau na janelinha? —perguntou retoricamente Drake.
                —Sim, mas acho que se esqueceu do meu poder financeiro, não é? —perguntou ele guardando sua carteira no bolso. Um riquinho sortudo.
                —Cadê a Sarah? Ela não veio com você? —perguntou Lilly
                —Nos separamos ontem, decidimos que cada um deve tomar uma jornada sozinho a partir de agora. —disse ele com uma voz decidida.
                Os três pareceram desejar a companhia da garota. Ela era divertida e sempre sabia animar todos com suas brincadeirinhas um tanto quanto infantis, às vezes gritando desafinadamente como um Murkrow. De repente no mesmo instante um eco poderoso pode ser ouvido das proximidades, de forma que todos parassem e olhassem o que era. Um tremor balançava o navio de forma que todos se preocupassem.
                —CHADY-CHAAAAAAAAAAAAAAAN! —gritou Sarah saltando metros de distância e alcançando o pescoço de Chad, que acabou caindo com o impacto. As pessoas à volta olharam com certo tom de repulsa. Não estavam acostumados com bagunças, e nem pagavam para isso.
                —SARAH? OH GOD, DE ONDE VOCÊ SAIU? Quer dizer, você pode entrar aqui? Achei que você não tivesse os recursos financeiros precisos. —disse Chad tomando cuidado com as palavras.
                —E não tenho, mas eu ganhei três passagens em um sorteio que estava tendo aqui perto, não é legal? —perguntou ela fazendo Drake, Lilly e Sam se prepararem para se jogarem pela janela do cruzeiro.
                —Você estava certo, pessoas sortudas e anormais. —confirmou Drake.
                —Então, vamos pegar um quarto? —perguntou Sam em seguida.
                Os cinco pegaram espécies de mapas que encontraram. Até mesmo Chad precisou olhar, pois o lugar parecia ser gigantesco, grande como qualquer outro hotel existente. Eles seguiram olhando para cada detalhe. Tudo parecia ser do bom e do melhor, de forma que até dormir no chão parecia ser confortável. Um elevador podia ser visto, e então os cinco adentraram o lugar. Sarah insistia em parar para cada coisa luxuosa que encontrava, de forma que parasse até mesmo para ver a lixeira. Naquele ritmo demoraram para chegar, mas logo adentraram uma cabine.
                Ela era maravilhosa. Melhor que qualquer quarto que os quatro poderiam ter visto, apenas Chad não parecia tão surpreso, porém ainda assim soltou um suspiro. Infelizmente era o quarto apenas dos três, de forma que Sarah e Chad fossem procurar um para os dois. Então Lilly ofereceu-se para ficar com a menina enquanto que os garotos ficassem juntos. Drake e seu rival não aceitaram a princípio, mas logo cederam ao reconhecer os punhos de Lilly.
                O lugar dispunha de uma parede composta apenas por um vidro grosso e firme que realçava a imensidão azul ao fundo. Camas muito bem arrumadas se localizavam do lado direito do quarto, e do esquerdo, poltronas e um sofá, todos combinando com o esquema de cores claro da suíte. Pequenos detalhes como vasos de flores complementavam a beleza da cabine, e uma televisão avançada jazia presa próxima da vidraça. Eles logo em seguida descobriram que tratava-se de uma varanda do outro lado do vidro, o que parecia agradável. Era tudo muito bem arrumado, e um banheiro ficava próximo da porta.


                —Cara, olha só para esse lugar! É gigante! —comentou Drake entrando boquiaberto.
                —As camas são muito macias, eu poderia ficar aqui a vida inteira! —falou Sam tocando uma.
                —Imagina só os outros lugares! Bora pessoal, vamos ver o que tem mais! —sugeriu o garoto deixando sua mochila e saindo.
                Eles chamaram pelas meninas que também estavam em choque ao se depararem com aquela cabine. Sarah já havia se deitado em sua cama e rolado até que as cobertas ficassem todas desarrumadas e caídas. Lilly cutucou o ombro de Sam, de forma que o jovem olhasse curioso.
                —Sam, eu sei que estamos em um lugar maravilhoso, mas será que poderíamos dar uma estudada? —perguntou ela acanhada.
                —Estudada? Meu Chrominus, o que aconteceu com você? —disse ele completamente confuso.
                —Nada, por quê?
                —Não é de seu costume estudar, mas vamos, sim. Você terá uma nova batalha em breve. —respondeu ele mudando de assunto.
                Os dois avisaram os amigos que estariam avançando para a biblioteca do cruzeiro. Após lerem a placa seguiram para o local. Várias estantes repletas de livros jaziam perfeitamente organizadas com relação a todos os assuntos e categorias. Até mesmo Lilly ficou boquiaberta ao ver a diversidade daquele local. Eles se sentaram em um canto, preparando-se para o estudo.
                —Tudo bem, o que eu preciso saber? —perguntou ela como se fosse simples.
                —O que você quer saber?
                —Preciso de uma estratégia. —respondeu.
                —Certo, agora estamos indo bem. É o seguinte, o próximo Gym Leader domina tipos Inseto. —disse ele procurando algo em um computador da biblioteca.
                —Inseto? Que bela porcaria. —resmungou a menina.
                —Lilly, nunca julgue um livro pela capa. Por que vocês sempre tem preconceitos contra insetos? —perguntou o jovem lembrando-se da pequena Wormle.
                —Ahh, sei lá. Que técnica eu devo usar? —insistiu.
                —Aqui nós encontraremos vantagens e desvantagens, se você decorar isso... —disse ele abrindo um livro de grandes proporções.
                —Meu, é gigante! —gritou ela recebendo um ‘Shhh’ da bibliotecária.
                —Pois é, mas veja bem, você pode começar usando a Harddy e sua velocidade e o Fippy com seus ataques tipo Fogo. Serão suas melhores armas. —explicou ele.
                —Tem razão. Preciso bolar algo novo... —respondeu. —Por que esse vício estranho por livros?
                —Eu tenho muita vontade de escrever um, constando pesquisas ou então aventuras que passei, mas não tenho muitas ideias. Nunca tive muita inspiração. —explicou ele um pouco decepcionado. —Você não curte muitos livros, né?
                —Eu poderia abrir uma exceção para sua história, quem sabe? —respondeu ela sorrindo ao ver a ajuda que o amigo lhe dava. —Certo, agora vamos continuar com o trabalho!
                Agora os dois procuravam loucamente por estratégias melhores. Sam tentava ensinar várias táticas e TMs que poderiam ser bem úteis, além de técnicas usadas por treinadores mais profissionais. Sam procurava por tudo nos livros, folheando pouco a pouco cada página. Lilly digitava como um raio procurando informações.
                As horas se passaram, mas naquele local de trabalho parecia que tudo andava a mil por hora. Lilly pretendia melhorar, e seu amigo seria uma das melhores ajudas. Naquele momento, Sam parecia ter encontrado algo de grande importância, de forma que chamasse a atenção da garota para olhar para o livreto. A garota pensou em virar a página, e Sam tentou fazer o mesmo no exato momento. Por uma fração de segundo ambos tiveram a mesma ideia, de forma que suas mãos se unissem por alguns instantes. Tempo suficiente para que ambos se entreolhassem envergonhados. Naquele momento retiraram suas mãos do local, vermelhos como pimentões.
                —D-desculpa! —desculpou-se o garoto
                —F-foi mal! —respondeu ela.
                Os dois pareceram voltar para suas atividades, dando ligeiras observadas quando o outro se distraia. Um detalhe que não haviam notado era seus amigos na porta do lugar. Chad chamou pelos dois colegas quando viu tal cena:
                —Você não vai acreditar, mas parece que o Sam e a Lilly pegaram...
                —QUÊ? O Sam e a Lilly se pegaram? Cara, eu preciso ver isso! —disse Drake colando na porta curioso, mas não vendo nada. —Véi, não to vendo porra nenhuma.
                —Eu diria pegando na mão um do outro por acidente, mas você não me deixou terminar. —completou ele. —Eu não tenho um vocabulário chulo como o seu.
                —Ahh Chad, vai catar coquinho na estrada. —reclamou o outro.
                —Estes dois combinam perfeitamente, vocês não acham? —disse Sarah inspirada.
                —Não é que você tem razão? —disse o garoto de cabelos acinzentados.
                Enquanto que os três pensavam ser invisíveis, Sam deu uma rápida olhada para a porta, notando as figuras conhecidas. Ele tentou disfarçar continuando seu livro enquanto que Lilly nem parecia ter notado. O jovem pareceu ficar um pouco incomodado, em seguida chamando a atenção da garota.
                —Por quê eles estão nos espionando? —perguntou ele apontando suavemente para a porta.
                —Não sei, mas espera aí. —disse ela se aproximando da porta. Os três tentaram se esconder, mas foram vistos assim que ela a abriu. —Galera, a porta não é de vidro fumê, é transparente. Conseguimos ver vocês certinho.
                —Droga, continuem, esqueçam que estamos aqui. —disse Drake apontando para Sam que observava confuso.
                —Isso Lilly-chan, nós não vamos atrapalhar seu namoro! —disse Sarah fazendo os dois garotos taparem a boca dela. Porém já estava dito, e os três olharam para a menina envergonhados.
                —Meu o quê? —perguntou ela piscando duro e estralando os dedos.
                Os três notaram que era a última chance para fugirem. Fugirem por suas vidas.
—OLHA A FRENTE!!! —gritava uma voz, pela segunda vez naquele dia.

3 comentários:

Dac disse...

Por Chrominus!
Se algo dá errado, surge uma luz e vice-versa!
Achei bem interessante a ideia de toda a elite se concentrar em um navio,nas fics que eu vi(e até tem um pouco disso nos jogos), cada membro ia para um lugar diferente e quando alguém vai desafiar a elite se juntam.Achei um tanto engraçada a forma de como aconteceu essa reaunião entre rivais e protagonistas(imagina os outros dois sorteados serem o derek e a rose?).Parece que a Lilly começou a perceber o que faz uma boa estratégia, espero que o Sam realmente consiga ensiná-la bem até a Insecta Island.
OBS:Os Relatórios do Sam seriam como informações para adicionar mais informações à pokédex de Ethron ou é apenas algo em isolado que ele faz e manda para o avô?

Haos Cyndaquil disse...

Yo Zekrom! Valeu pelos elogios cara, o Island Star é o único lugar (além da Pokémon League) que podemos encontrar a Elite dos 4, e nossos protagonistas acabaram dando sorte. Infelizmente o Derek e a Rose não tiveram essa sorte, já que a Sarah ganhou os três (o único sorteado sortudo ganhava as três passagens de uma vez, e só mesmo a Sarah pra essas coisas! kkkk), mas quem sabe a gente não encontra eles ainda?

Sobre esta questão dos relatórios, eles funcionam como as informações adicionais dos Pokémons mesmo, vindos do Sam. É algo que ele fez no passado, antes de seguir aventura com o Drake e com a Lilly, de forma que possamos notar algumas vezes a inexperiência dele. É uma forma divertida e descontraída que eu achei de mostrar melhor os Pokémons de Ethron para os leitores (:

CanasOminous disse...

Diga aí, Haos! Opa, agora posso fazer um comentário decente por que estou de acordo e apoio todas as mudanças feitas no capítulo! Não me leve a mal, e isso também não tem muito haver com aquelas zicas que deram da última vez, mas eu preferi mil vezes o capítulo agora! Isso por que meu casal preferido são esses dois aí, desde o princípio eu achava que o Sam combinaria com ela, e admito que essa foi a primeira cena realmente válida entre os dois com uma pitadinha de romance tão kawaii *-* Tipo, gosto do Sam por ser aquele estilo retraído e quietão, daí a Lilly é mó possessiva e mandona, para mim essa é a combinação perfeita! \õ É difícil mudar a minha consideração de um capítulo para outro, mas a Lilly se tornou minha favorita :3 Só faltou ser mais velha. E ter cabelo curto. Vish, já comecei de novo kk

Ahh, o resto eu já havia dito para ti companheiro. Adoro cruzeiros e acho que é a chance perfeita para se criar um arco fantástico, ainda que a estadia deles por aqui não seja tão longa. Essa coisa de basear-se na realidade é muito show, a gente acaba conhecendo um pouco do escritor também, mas, admito que seria mais engraçado se eles ficassem naqueles quartos de cruzeiros reais. Por Arceus, quando eu fui me jogaram num depósito dos faxineiros kkkk É nesse momento que pais como o Nolland se tornam importantes! :D As conversas, as descrições, o capítulo proporcionou momentos bem agradáveis, mas veja só, ainda acho que esse final agora foi o MVP do episódio, rapaz. Mudou daquela para a melhor ;) Vou indo nessa Haos, abraços!

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