domingo, 27 de novembro de 2011

O dia amanhecia suavemente. Drake despertou tranquilamente, olhando para o teto e lembrando-se de não estar mais em Snowpoint City. O Sol ainda tímido, escondendia-se entre as nuvens brancas e fofas, como bolas de algodão. O jovem levantou-se calmamente, espreguiçando-se logo em seguida. Ele desceu as belas escadas de madeira e encontrou sua mãe e seu pai na cozinha. Ambos, ao verem não disseram nada, apenas sorriram e voltaram a conversar. Nolland, o pai, lia um jornal, enquanto tomava café em uma caneca e saboreava um grande misto-quente. A mãe, estava em pé, enfrente a sanduicheira preparando mais lanches. O garoto sentou-se na mesa e cumprimentou os familiares.
              -Bom dia pessoal... –Disse ele bocejando
            -Bom dia querido. Está meio cansado ainda? -Perguntou a mãe
            -Ah... To quebradão... Acho que foi da viagem. –Explicou ele.
            -Vai fazer o que hoje, filhão? –Perguntou o pai enquanto tomava um gole de seu café quente.
            -Vou dar um “oi” pro professor Silver no Laboratório... Ele vai ficar surpreso em me ver. –Respondeu.
            Os três tomaram o café e Drake colocou sua roupa de jornada. Ele despediu-se dos pais e saiu de casa, em direção da Newlife Town, uma cidade vizinha de Cyan onde fica o Laboratório do Professor. O professor chama-se Silver Deacon, e é um famoso pesquisador da região. Newlife Town. O jovem andava pela Rota 301, quando deu de cara com o mesmo garoto que vira no dia anterior.
            -Olá Evans. Está indo sair em sua jornadazinha? –Perguntou o jovem em tom de deboche.
            -Não, Chad! To indo pro Laboratório do profº Silver! –Respondeu ele sem prolongar o assunto.
            -Interessante... Vai pegar seu inicial?
            -Não. Eu já tenho um inicial, e é muito melhor que qualquer outro que você possa arranjar! –Adiantou ele mostrando uma Pokébola.
            -Sorte em sua jornada. Você vai precisar. Mas não pense que se livrou de mim, ainda nos veremos em um Contest!
            Os dois se distanciaram, e Drake continuou seu caminho até o final da Rota. Logo, já estava em Newlife.
A cidade era bem arborizada, cheia de árvores e não muito urbanizada. Na cidade havia apenas algumas humildes casas, pintadas de branco com tetos marrom-alaranjado. Havia um PokéMart, um Centro Pokémon e claro, o Laboratório Pokémon. A intenção de tornar a cidade mais rural era friamente calculada. O nome, Newlife Town quer dizer "Cidade Vida Nova", ou seja, servia para aqueles que queriam mudar de vida, que cansavam-se do movimento das grandes metrópoles. A cidade é bem tranquila, e a maioria das pessoas se conhece. Havia um grande número de pessoas conversando sentados em alguns bancos de praça e várias crianças brincando, aproveitando o local espaçoso. Ele se aproximou de uma grande construção, o Laboratório Pokémon. O jovem observou por um instante o local e em seguida apertou a campainha. Quem atendeu foi uma jovem.
            -Sim? –Perguntou ela
            -Com licença... Eu gostaria de falar com o Professor Silver –Pediu educadamente ele.
            -No momento ele está com um novo treinador, acho que ele não pode falar –Explicou ela –O que você gostaria de falar com ele?
            -Na verdade é só uma visitinha...  –Explicou ele
            -Entendo... Vou falar com ele, como é seu nome, por favor?
            -Diga apenas que é um velho amigo... –Pediu o jovem
            A mulher retirou-se e entrou em uma sala. Depois de alguns segundos pôde ser ouvida uma voz.
            -Que tipo de “velho amigo”? –Perguntava uma voz firme e masculina
            -Não sei senhor, ele não se identificou... –Explicou a moça.
            O homem saiu da sala e olhou para a porta, vendo em seguida o jovem Drake.
            -Drake! –Gritou ele, assustando os outros assistentes ao redor
 
           -Eae Sor! Tudo bem? –Cumprimentou o jovem abraçando o professor.
            -Quanto tempo! Como foi em Snowpoint? O que aprendeu? Capturou algum Pokémon? Você precisa me contar tudo! –Dizia ele. –Agora na verdade estou com uma treinadora. Se importa de aguardar um momento?
            -Não, não... Posso ir junto? –Perguntou ele
            -À vontade... –Respondeu sorrindo
            Eles entraram na sala onde os iniciais ficavam. Era bem espaçosa, realmente e em uma parede havia um grande portão azulado, que dava na próxima Rota. No centro, estava uma mesa com três Pokémons. O primeiro deles era amarelado. Sua boca era grande e tinha uma mandíbula poderosa. Ele tinha pequenos arbustos crescendo pelo corpo. Era conhecido como Seedush, o inicial de grama. O segundo era um pequeno gato, cuja cor dos pelos era alaranjada e seus olhos eram confiantes e orgulhosos e tinha uma grande calda amarelada felpuda. O terceiro era azulado, e tinha uma expressão tímida, possuía braços e pernas escorregadios e sua cabeça era ovalada com uma barbatana no topo. Ele tinha uma cauda também.


Em frente aos Pokémons estava uma jovem de cabelos rosados. Seus olhos eram esverdeados e brilhantes, porém suas sobrancelhas davam-lhe um ar mal-encarado. Ela usava uma blusa preta com babados, e um colete azul-claro por cima, assim como sua calça. Seus sapatos eram marrons, assim como a bolsa que a garota carregava. Ela usava curiosas pulseiras.

           
  -Drake, essa é Lilly. Lilly, esse é Drake. –Apresentou o Professor
            -Oi gatinha. “Cê” vem sempre aqui? –Disse Drake para a garota, como uma cantada.
            -Escuta aqui. “Gatinha” é o escambau. Meu nome é Lilly, tá ouvindo? É bom você tomar jeito ou eu arrebento você –Ameaçou ela
            -Eita! Que mina mais estressada! –Comentou ele protegendo o rosto
            -Como é? –Disse ela fechando os punhos como sinal de que iria socá-lo
            -Vamos parar crianças! -Pediu o professor afastando os jovens. -Volte à escolher seu inicial, Lilly.
A garota retornou ao que estava fazendo, ainda olhando o jovem de lado, desprezando-o. E na mesa estavam os três inicias conhecidos da Região de Ethron, o que chamou a atenção de Drake.
-Caaara! Os iniciais! Como eu quebrei a cabeça com dez anos para escolher um inicial e nem acabei podendo escolher, com todo o incidente. Nem lembro mais quem eu ia pegar. Acho que era o inicial de água, o Drophin. Ou será que era o inicial de Fogo, Fippy? Ah, nem! Acho que era o inicial de Grama, Seedush. Ah, sei lá! –Exclamou ele.
O garoto aproximou sua mão do inicial de fogo, a fim de fazê-lo carinho, mas depois de tanto tempo fora ele esqueceu-se que Fippy odeia que as pessoas o façam carinho, a não ser seu treinador. Antes que o jovem pudesse tocar na cabeça do Pokémon, ele usou um ataque conhecido como Scratch, que fez com que Fippy arranhasse Drake. No susto, o jovem acabou apertando um controle que abria o grande portão azulado no fim da sala. Na primeira chance, os iniciais saíram correndo e fugiram. O portão dava na próxima Rota, a Rota 302, conhecida por ser a maior rota do continente. Logo, seria difícil pegar os iniciais novamente. A garota virou-se para Drake enfurecida, com vontade de esganá-lo, apenas impedida pelo professor. A assistente tentava ver para onde os Pokémons correram, infelizmente sem sucesso.
-Crianças, não é hora de brigar! –Afastou-os novamente o professor Silver, esquecendo que o jovem já tem catorze anos.
-Você é retardado? –Gritou ela –Você mal chegou e já fez merda!
-Foi sem querer garota! Calma, você acha que foi minha intenção fazer isso? –Explicou ele
-Verdade! Do jeito que você é otário você não conseguiria planejar isso. Você veio aqui pegar um inicial? –Questionou
-Claro que não, eu já tenho um Pokémon. E ele é o melhor de todos. –Gabou-se o jovem pegando a Pokébola de Spark do bolso
-Correção, você TINHA, um Pokémon –Disse ela tomando a Pokébola da mão do jovem e jogando-a pela janela, quebrando-a.
-E-Ela jogou minha Pokébola!
-Crianças! –Gritou o Professor Silver -Já mandei pararem! Agora vamos pegar os Pokémons novamente. Drake, vá pegar sua Pokébola lá fora. Daisy, vá pegar Drophin. Tem um lago daquele lado, ele deve ter ido para lá. –Disse ele para a assistente –Eu  vou atrás do Seedush, e Lilly: Fippy deve ter ido naquela direção
            -S-Sim senhor –Assentiram os três, um pouco intimidados pela alteração do Professor, que em geral era calmo
            Drake saiu do Laboratório e em seguida foi até onde Lilly jogou a Pokébola. O garoto viu os cacos mas não a encontrou nos matos. Até que ele ouviu algumas vozes.
            -Olha Jen, um Pokémon fofinho! –Dizia a primeira
            -É verdade Shawn! –Concordava a outra
            O jovem seguiu o som das vozes, e deu de cara com duas crianças, uma garotinha e um garotinho, ambos não aparentavam terem mais que sete anos. Os dois  brincavam com Spark, que havia saído de sua Pokébola
            -Ei, crianças, esse Pokémon é meu! –Disse Drake
            -Não é não, encontramos ele no mato! –Corrigiu a menina
            -Isso aí, ele é nosso. –Completou o garoto
            -É que uma menina jogou ele no mato... Mas ele é meu! –Explicou o jovem.
            -Achado não é roubado! –Disse o menino pegando a Pokébola de Spark do bolso –Volte!
            -Ei, devolve isso aqui! –Disse Drake tentando tomar o objeto do menino, que conseguia desviar. Nesse momento, o Professor Silver apareceu.
            -O que houve? –Perguntou ele.
            -Essas crianças pegaram o Spark e não querem devolver. –Explicou Drake, agindo como se tivesse sete anos também
            O professor abaixou na altura das crianças, que aparentava já conhecer. Ele estava com uma expressão calma e despreocupada, querendo passar esse sentimento para os dois.
            -Ei Shawn, devolva a Pokébola para o garoto. Ele é um treinador, esse Pokémon pertence a ele –Explicou ele com uma voz suave e tranquila
            -Mas eu achei ele professor! –Explicou o garotinho
            -Eu sei, mas esse Pokémon é muito importante para ele. E além do mas, eu posso te dar isso! –Disse o ele pegando outra Pokébola do bolso de seu jaleco.
            -Uma Pokébola vazia? –Questionou a menina
            -Isso mesmo. Eu vou lhes dar ela. Com ela vocês pode capturar qualquer um das centenas de Pokémons que existem! Não é bem melhor? –Falou ele
            -Quer dizer que eu posso capturar até um Chrominus com ela? –Perguntou o garoto
            -Claro que pode. Agora entregue a Pokébola para ele. –Pediu o Professor
            -Toma menino! –Disse o garoto estendendo o braço com uma feição simpática para Drake
            -Valeu –Agradeceu o jovem esfregando a mão no cabelo do garotinho. Ele estava fascinado com a forma na qual o professor foi capaz de controlar e lidar perfeitamente com as crianças e lembrou-se de quando ele era jovem e o professor fazia coisas desse mesmo tipo.
            -Vamos lá Jen! Eu quero capturar um Chrominus! –Dizia o garoto enquanto corria atrás de um Pokémon pela rota 301, seguido da menina. Ambos estavam empolgados
            -Então ele pode capturar o grande Chrominus? –Caçoou Drake
            -É claro que pode Drake. A diferença não está na Pokébola, mas sim no treinador que a segura. Se Chrominus achar que deve ser capturado por ele, assim será –Explicou ele –Agora vá ajudar Lilly, ela pode estar encontrando problemas para encontrar Fippy.
            O garoto correu pela rota 302 até que ouviu alguns barulhos. Ele seguiu o som e encontrou Fippy, que estava caído no chão com alguns ferimentos. Em sua frente, estava Lilly, a garota também estava com alguns arranhões e hematomas pelo corpo, principalmente no rosto. Ela tremia, porém estava com os dois braços estendidos, como se estivesse protegendo Fippy de algo. E de frente para ela, estava um bando de Pokémons conhecidos como Harppys. Harppy é um Pokémon Harpia, apesar disso não é nem um pouco semelhante à uma. Sua cabeça era colada em seu corpo. Dele saia um par de asas pequenas, e uma cauda com duas penas grandes ficava atrás de seu corpo. Ele tinha uma “chuquinha” saindo da cabeça, e a maioria de seu corpo era da cor cinza.  Porém os olhos dos Pokémons estavam completamente avermelhados, e eles pareciam nervosos, o que era algo raro, já que os Harppys são pokémons básicos e são normalmente simpáticos. Drake apenas escondeu-se, para tentar entender o que acontecia. Ele assistiu à cena por alguns instantes e Lilly estava realmente protegendo o pequeno Fippy.
            -Eu não vou deixar que vocês encostem mais uma pena no Fippy. Para tocar nele vocês terão que passar por cima de mim. E eu não vou ser derrotada! –Gritava ela para o bando  de pássaros.
            Os Pokémons não pareciam ter tido problemas com isso e a atacaram. Apesar de Harppy ter um bico arredondado, suas garras faziam grande prejuízo para ela, e suas batidas a faziam cair no chão. A garota caiu machucada, mas levantou-se em seguida, ainda que com um pouco de dificuldades.
            -Fiiiiiip –Grunhiu o Pokémon preocupado, caído no chão.
            -Não pode ser! Justo ela protegendo um Pokémon... Achei que ela fosse muito mais egoísta, mas parece que o coração dela também é puro... –Sussurrou ele, vendo que a garota poderia parecer dura, mas por dentro ela era cuidadosa e se preocupava com o próximo.
-Não se preocupe Fippy, eu vou te proteger. Eu juro. Eu vou ser a mais poderosa treinadora desse mundo. Eu não vou perder. Eu vou mostrar para eles e para os meus pais que eu sou muito forte! Então, VENHAM! –Gritou ela para os Pokémons. Ela caiu com o ataque mas se levantou mais uma vez, dessa vez tremendo e quase fracassando uma vez. Seus ferimentos estavam ruins e uma outra pessoa da mesma idade já estaria desmaiado naquele ponto. Mas ela levantou-se e gritou:  –Continuem!
            Os Pokémons estavam se preparando para atacar novamente, quando Drake saiu do arbusto em que estava e liberou Spark de sua Pokébola.
            -Vamos lá amigo, ajude a Lilly! Use o Spark! –Gritou ele. O pequeno Emolga começou a brilhar, enquanto faíscas o cobriam. Ele atacou os Pokémons físicamente, deixando um rastro brilhante onde passava. Os Harppys haviam sido atacados fortemente, e com isso seus olhos tinham voltado ao normal. No mesmo instante eles começaram a voar assustados.
            -C-Conseguimos –Sussurrou a garota liberando um leve sorriso e caindo no chão logo em seguida.
            -Lilly! –Gritou ele. –Spark, chame o professor e peça para ele vir aqui.
            O Pokémon seguiu as ordens do treinador e voou em direção ao Laboratório. Ao chegar lá, o Professor e sua assistente estavam na porta, provavelmente os dois tinham encontrado Drophin e Seedush com sucesso. Ao ver que Spark estava desesperado, eles o seguiram, chegando até onde Drake estavam. Logo que chegou, o Professor correu e auxiliou a garota, que estava desmaiada.
            -Me ajudem a manter ela deitada reta. Mas não façam movimentos bruscos! Ela pode ter sido afetada na medula espinhal e sofrido algo mais grave! –Explicou ele.
            Drake pegou uma Potion de sua mochila e usou em Fippy, fazendo-o se recuperar rapidamente. O professor levou Lilly nas costas até o Laboratório, correndo o mais rápido que podia, porém tomando cuidado para não balançar demais. Ao repousar novamente, ela alguns instantes depois despertou. Ela se tranqüilizou ao ver que Fippy estava bem. Antes que a garota fosse levantar o Professor disse para que não fizesse movimentos muito bruscos, pois ainda estava ferida.
            -Agora está salva. -Falou jovem com um tom sério.A garota corou no momento. Ela queria agradecer o jovem de alguma forma, mas seu orgulho a impedia de dizer um simples "obrigada"
            -E-eu vou ficar bem? –Perguntou ela um pouco rouca para o Professor. –Eu ia sair em minha jornada hoje.
            -Não se preocupe Lilly, uns bandaids, umas ataduras, um pouco de pomada e remédios e vai estar novinha em folha amanhã –Sorriu o Professor. –Agora, que tal você escolher seu inicial?
            -Tudo bem –Assentiu ela. –Eu vou escolher....
            -Para tudo! –Disse uma voz interrompendo-a. No instante seguinte, apareceram duas figuras conhecidas por Drake. A primeira era de uma mulher de cabelos castanhos e avental, e a segunda era de um homem de cabelos grisalhos e terno.
            -Mãe? Pai? –Surpreendeu-se Drake
            -Você disse que ia voltar até o almoço! Você nos deixou preocupados! –Falou a mãe
            -Peraí! “Pai”? V-você é filho de Nolland Eavans, o campeão da Liga? –Perguntou a jovem boquiaberta
            -Claro –Assentiu ele.
            -O que houve com você? –Perguntou Nolland para a menina
            -U-uns Harppys me atacaram na Rota 302 –Disse ela
            -Harppys? Tem certeza? Harppys costumam ser simpáticos e dóceis –Disse o Professor
            -Eu vi também –Disse Drake. –E eles tinham uns olhos avermelhados, mas isso parou depois que o Spark botou eles para correr.
            Os pais de Drake, o Professor e sua assistente se entreolharam.
            -É melhor você escolher seu inicial agora Lilly! Caso chegue outro treinador. –Interrompeu o Professor Silver tentando disfarçar.
            -Tudo bem! –Concordou ela. –Eu vou escolher Fippy, o tipo fogo!
            O Pokémon revelou um sorriso por ser escolhido pela garota que o protegeu
            -Fippy é um ótimo Pokémon para treinadores iniciantes! Eu escolhi um Fippy para começar minha jornada –Comentou Nolland. –Você é treinadora garota?
            -Sou sim –Disse ela. Em seguida,  revelou um grande sorriso e franziu as sobrancelhas, revelando um olhar confiante –E Sr. Nolland, em breve eu vou te derrotar e ser a maior treinadora de todos os tempos!
            -Tenho certeza que será uma grande treinadora –Sorriu ele.
            -Não quer almoçar com a gente, Lilly? –Perguntou Drake.
            -Não, valeu. Eu vou sair em minha jornada e...
            -De maneira nenhuma mocinha, vá conosco. Eu tenho um kit de primeiros socorros. Eu posso te ajudar e você pode ficar no quarto de hóspedes. Amanhã você sai em sua jornada! –Ofereceu Alice
            -T-tudo bem... –Assentiu ela retornando Fippy para sua Pokébola.
            -Crianças, por que não vão na frente e nós já encontramos vocês? –Pediu a mãe.
              -Ok, mãe. Tchau professor! –Despediu-se Drake de Silver, abraçando-o.
            -Tchau Drake, boa jornada. Tenho certeza que realizarão seus sonhos e capturarão Pokémons fantásticos! –Disse ele com um sorriso.
            Os dois jovens se retiraram do lugar e em seguida os quatro adultos na sala revelaram expressões preocupadas.
            -N-não podemos deixar nosso filho sair em uma jornada assim. Pode ser que aquilo aconteça de novo! –Dizia Alice preocupada
            -Eu sei querida. Pode ser perigoso, mas é melhor nós não falarmos nada para eles. –Explicou o pai.
            -Nada disso Noland! Querido, eu não quero passar por tudo aquilo de novo. Não novamente. Demorou para nos recuperarmos daquela vez... –Dizia a mulher como se não quisesse se lembrar de algo
            -Querida, vá na frente com as crianças, eu preciso conversar com o Silver. –Pediu ela.
            -Nada disso, eu quero saber o que... –Ela interrompeu-se ao ver que era importante sair e apenas assentiu.
            -Daisy, será que poderia fazer uns exames em Drophin e Seedush? –Pediu o professor
            -Sim senhor –Disse ela retirando-se da sala
            -O que será, Silver? Será que são eles novamente? –Perguntou Nolland baixinho
            -Eu não tenho certeza. Mas depois de quatro anos pode ser que isso tenha acontecido novamente. É melhor avisarmos ele. –Disse o Professor
            -Vou falar com ele e pedir para o Detetive L investigar o caso. –Disse Nolland –Eu espero que isso não se repita.
            -Eu sei. Eu vou preparar a pasta caso o Detetive L precise. Vamos manter contato –Disse o Professor SIlver.
            Os dois se despediram e Nolland voltou para a casa pensativo. Apesar de todas as perguntas dos jovens e de sua esposa ele apenas disfarçava. Quando o almoço acabou, Alice levou Lilly para o quarto de hóspedes e fez os curativos na garota. Ela ficava feliz ao ver alguém cuidando dela, lamentando-se de não ter uma mãe como ela.Drake assistia um torneio na TV com Spark e Nolland foi para seu quarto e fechou a porta e as janelas. Ele pegou um telefone e discou para alguém. A conversa era importante e era sobre o ocorrido no Laboratório e sobre os relatos do ataque de Harppys.
            -Tudo bem. Obrigado, então! Nos vemos amanhã. –Despediu-se ele. Ele sentou em sua cama e pegou um retrato antigo. Nele, Drake tinha apenas dez anos e ainda tinha cara de quem aprontava. Andrew, tinha dezenove anos e ainda morava com eles. Alice e ele estavam felizes na foto. –Espero que isso não aconteça novamente... –Suspirou ele
            Depois de algumas conversas, Alice disse para Drake que havia um próximo Contest que ocorreria em Aurora City, a cidade depois de Newlife Town. E Lilly, que era treinadora, descobriu que sua primeira batalha de Ginásio deveria ser em Flamery City, e para chegar lá teria que primeiro ir em Aurora City. Logo, eles decidiram fazer uma trégua e irem até Aurora City juntos. Como Nolland teria que partir no dia seguinte, ele despediu-se dos dois jovens.
            -Boa jornada, filho. Amanhã eu tenho que sair de madrugada e não poderei me despedir de você. Mas sempre estarei torcendo por você daqui. E vou te dizer uma coisa: nós, os Eavans temos persistência e confiança circulando no sangue. Mesmo que sejam os últimos segundos de um Contest e você estiver à um fio de perder, não se renda e continue batalhando. Se fizer isso, já será um campeão.
            -Obrigado, pai –Agradeceu ele. Lilly também se despediu de Nolland.
            Os quatro foram para seus respectivos quartos e deitaram-se. Suas grandes aventuras começariam no dia seguinte.


13 comentários:

Anônimo disse...

Gostei desses dois capítulos lançados até o momento mas espero que com o decorrer dos capítulos a história seja fantástica.
OBS:Nunca vi esses iniciais qual é o nome da fakedex que você utilizou?

Haos Cyndaquil disse...

Olá Anônimo,
Que legal que esteja acompanhando nosso blog, isso muito gratificante =D. E pode contar que muita coisa ainda vai acontecer, inclusive os mistérios chegarão no próximo capítulo! Sobre sua pergunta, cara, eu q estou fazendo a Fakedex. Eu e meus amigos estamos montando um game de Pokémon e esses são alguns dos criados hehe. Pode contar com mais centenas desses pequenininhos, e quando for possível (quando meu pc voltar a funcionar) eu vou postar imagens maiores dos Pokémons nos Capítulos. Obrigado por comentar!

Alyss disse...

Quando esse "Game de Pokémon" q vcs estão montando vc vai disponibilizar para Download aki no Ethron Adventures?

Haos Cyndaquil disse...

Opa, olá Camila.
Bem... Ainda não temos uma data prévia, mas em breve vou publicar informações sobre o projeto em um fórum que chama Mundo RPG Maker (o programa que estou usando para montar o jogo) e vou mostrar imagens e a Fakedex completa, mas talvez antes eu coloque algumas coisas aqui no blog. O legal é que toda a fic está sendo baseada no projeto (Com excessão dos personagens, que não serão o Drake e a Lilly). Aguardem que em breve eu posto uma prévia ;)

CanasOminous disse...

Viixi, a pior decisão da minha infância, a escolha dos iniciais! Às vezes eu fico imaginando aqui a dificuldade de criar um continente totalmente novo, desde cada rota até a descrição de cada Pokémon entre Status base e habilidade. Devo admitir que você e seus companheiros fizeram um ótimo trabalho, e com isso você continua melhorando cada vez mais sua fic! Acho que eu até cometi um engano no último comment, pois o Drake será coordenador, logo ele nunca chegaria e enfrentar o pai. É bem incomum encontrar coordenadores homens, mas ao contrário de muitos outros o Drake me pareceu levar jeito para os dois lados. Ele me lembra o Luke, sempre buscando mais força, e tenho certeza que ganharia de qualquer um mesmo não sendo treinador.

Agora, a Lilly é muito esquentada! o_o Mas não é de menos, chega você mó feliz no dia mais esperado da sua vida e do anda surge um carinha que você nunca viu: Opa!! Os Pokémosn fugiram! Ahhhhh, mas eu matava. Quebrava a pokébola e ainda pisava em cima kkkkk Mas não foi por mal, e apesar desse temperamento forte eu sinto que ela pôde sr delicada, estou certo? E o típico ataque dos Pokémons voadores no início! Espero poder saber cada vez mais sobre Ethron nesse tempo, e que a fanfiction ainda se estenda por muito tempo! :D Mais um ótimo capítulo de início de jornada!

Haos Cyndaquil disse...

Certíssimo cara, a Lilly tem esse lado forte (que será bem explicado com o tempo) mas todos verão que com o passar do tempo revelará por dentro ser solitária e carente. O que eu mais gosto em personagens durões é quando em determinado momento eles demonstram importar-se com outras pessoas mesmo que com vergonha. E isso é algo que quero que a Lilly faça.

Sobre os sprites, eu estou montando e para alguns eu usei ajuda de outros Fakemons. Eu entrei em contato pelo responsável pelo projeto (Chama Pokémon Jasper e Spinel e foi cancelado). Só que ainda não tive resposta, mas vou continuar tentando. Caso ele negue que eu possa usar terei que refazer os Fakemons, mas nada que atrapalhará o futuro da Fic ^^.

DelsLand disse...

Adorei o jeito durão da Lilly por fora, e molenga por dentro! A minha curiosidade está aumentando, kkkk!

Haos Cyndaquil disse...

hehe. A Lilly ainda vai alterar muito sua personalidade. Sempre parecendo durona, mas mostrando em alguns casos ser carente e solitária

Thiago- Senpai disse...

Hey Haos, olha o enchedor de saco aqui novamente \ô/
Heheh'.
Demorei, mas quando arranjei um tempinho vim ler o capítulo dois... E olha, to gostando de ver eim?

Essa Lilly cara, que garota mais durona essa? Pelo jeito ela e o Drake tiveram "amor a primeira vista" viu? Um jogando a Pokeball do outro fora, o outro estragando o início de jornada... VAI DAR NAMORO!
E esses Harppys do mal maluco? Quase que acabaram com a Lilly.

Falando na nossa aspirante a treinadora, eu pensava que ela era apenas aquela garota super mega durona, porém vemos que Lilly é a famosa mulher- abacaxi: espinhosa por fora, mas doce por dentro. *W*
comparação infame '-'

Cara, quem será que são "eles"? Os vilões? Os lendários revoltados? Muito mistério.
E MANOW, TEMOS UM DETETIVE L NA HISTÓRIA?*O*
Será que ele tem um Death Note?
kkkkkk'
Tá bem, parei -Q

Bem Haos, mais uma vez parabéns e nos vemos no capítulo 3 \õ

Haos Cyndaquil disse...

Yo Thiago!
Legal que veio ler o Capítulo 2 ^^. Olha... Romance entre Lilly e Drake não prometo, mas para esses dois tenho surpresas no ramo do romance *-*. Hoho gostei da mulher abacaxi, cara, serião, vou falar isso quando surgir a oportunidade com a minha turma hahahaha. Olha, sim, temos um detetive L, mas garanto que ninguém vai ter ataque cardíaco o.O kkkkk Falou cara!

Bruno disse...

ótimo capítulo Haos !!
essa Lilly ainda vai aprontar muitas, adorei o jeito durão dela.
Tô morrendo de curiosidades pra ver o que esta por vir na serie, sorte que já tem um monte de capítulos prontos :)

Unknown disse...

Nhocs, Nhocs, esses iniciais são kawaiís *-*
Agora, mano.. I Lilly é uma menina linda... Mas ela é muito brava. o_o
Deixa o Drake te elogiar pow. Seria meu sonho realizado, menina loca. '-'
Agora, Canas, assino embaixo, ela tem motivo, se eu fosse pegar meu inicial, chegasse lá, toda felizona, aí vem um muleque que eu mal conheço me jogar cantada, os pokémons do laboratório fogem... Eu morria. O_O''
Acho que, entre os três eu escolheria levar o Drophim.. *--*
Acho ele fofo. *--*
O Fippy parece ser muito esquentado que nem a Lilly, não seria um parceiro pra mim! E o Seedush.. Bem... Acho que.. Ahn, não sei, eu sempre AMEI tipos grama, mas nunca gostei muito de grama/terra. '-'
Tanto que, não gosto do Turtwig. '-'
Agora, ser atacado por um bando de Harppys? MANO que começo de jornada! '0'
Eu tô de boca aberta aqui em casa, você saiu totalmente do clichê Haos! *0*
Eu morria se isso fosse meu começo de jornada, mas a Lilly cabeça dura do jeito que é, com certeza ficou de queixo erguido e continuou protegendo o Fippy! *-*
Ai que legal, a Lilly quer ser uma treinadora ( Ela não é nem um pouco delicada pra ser coordenadora mesmo. '-' ).
Bom, eu adoro a Lilly! Sempre gostei muito dela! Ela e a Rose são minhas preferidas! *-*
Bom Haos, indo comentar nas notas e depois ir para o capítulo 3! Beijos e até mais! \o

Unknown disse...

Olá! Gostaria de saber se já lançou o capitulo 3 é que eu não achar!

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